Não saberei nunca
dizer adeus
Afinal,
só os mortos sabem morrer
Resta ainda tudo,
só nós não podemos ser
Talvez o amor,
neste tempo,
seja ainda cedo
Não é este sossego
que eu queria,
este exílio de tudo,
esta solidão de todos
Agora
não resta de mim
o que seja meu
e quando tento
o magro invento de um sonho
todo o inferno me vem à boca
Nenhuma palavra
alcança o mundo,
eu sei
Ainda assim,
escrevo
(Mia Couto)
Tu para mim não partes, sabes disso. Nem sequer vou ligar para te dizer adeus. Não há adeus. Continuas meu vizinho, como todos os outros, só que não te toco à parte porque sei que começaste um novo livro e não gostas de ser interrompido. Sempre que te detiveres numa linha, num parágrafo, ou precisares de um sinónimo e não te ocorrer aquele, exactamente, que pretendes, agarra no telefone e pede-mo. Farei o mesmo enquanto escrever o meu. Até breve, companheiro. O Estoril pode esperar.
ResponderEliminarAté sempre, Anónimo.
ResponderEliminarPara mim também não há adeus. Há só um "au revoir", leve e esperançoso em melhores dias. E esses dias vão chegar pela mão desta aventura, tenho a certeza. Só não lhe perdoo se não for sabendo dela, a par e passo.
ResponderEliminarUm beijo, para levar consigo na mala das saudades.
Boa viagem, amigo!
Então até logo, Ana V.
ResponderEliminarAinda assim escrevo....Se olhar bem para o céu Africano, vai encontrar uma Paz do tamanho desse mesmo céu, incomensurável...Acredite! E não saberá nunca dizer-lhe Adeus.
ResponderEliminarEng. Bragança, desejo-lhe uma óptima jornada Africana. Faça o favor de ser feliz! P.S- se puder dê um salto a Moçambique e quem sabe uma palavrinha ao autor deste magnifico poema.
Obrigado, Carla. Tenciono ir a Moçambique. Será que está lá o Mia Couto? Who knows. Faça o favor de ser feliz também.
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