Foi
hoje, mas há 10 anos, em Nova Iorque, quem não se lembra???? Aquelas imagens chocaram o mundo inteiro,
revoltaram corações, indignaram almas, destruíram vidas. Logo hoje, o Evangelho fala-nos de perdão e compaixão.
Parece um contra-senso. Como é possível alguém perdoar um acto horrendo como aquele? Que compaixão se poderá ter por um
assassino da pior espécie, que mata impiedosamente?
Perdoar é relevar, é esquecer, é aceitar o
outro, apesar dos seus actos. Mas não deveria o acto de perdoar estar associado
ao acto do arrependimento? Ou seja, de
que serve o meu perdão se o outro não mostrar arrependimento? Será que o perdão, como acto unilateral,
contribui para a consciência colectiva, para o bem universal, independentemente
do outro querer, ou não, esse perdão?
Ou será que o perdão só tem o seu sentido
pleno quando o “perdoado” toma consciência do acto? A maioria das passagens do Evangelho que
relatam cenas de Jesus a perdoar, salvo erro, quase todas elas descrevem alguém
que se aproxima de Jesus, com humildade ou com grande fé, pedindo-lhe
perdão.
Então, como é possível perdoarmos este tipo de
pessoas, como as que estiveram envolvidas no “Nine Eleven” e em outros actos
semelhantes? O perdão de que Jesus nos
fala acontece no nosso coração; é um
acto de amor voluntário; é a nossa própria predisposição, como católicos, para
não condenar, não julgar e não virar as costas. A sociedade encarrega-se de punir o acto, em
si, aplicando uma pena proporcional à
gravidade do mesmo e essa punição deve existir; mas o perdão, o verdadeiro
perdão, está para lá da pena. O verdadeiro
perdão acontece quando conseguimos rezar por e pedir a salvação de todos
esses “pecadores” (coloco aspas para que a palavra se leia em sentido figurado... não gosto nada da palavra pecador,
tal como ela é usada no catecismo !) O verdadeiro perdão é quando Jesus diz ”Pai, perdoai-os porque não sabem o que
fazem”
Domingo, Se Fores à Missa …… Perdoa !
Maf
Evangelho
segundo S. Mateus 18,21-35.
Naquele
tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me
ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»
Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.
Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os
seus servos.
Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.
Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os
filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.
O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te
pagarei.’
Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e
perdoou-lhe a dívida.
Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários.
Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me
deves!’
O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te
pagarei.’
Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.
Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram
contá-lo ao seu senhor.
O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que
me devias, porque assim mo suplicaste;
não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’
E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que
devia.
Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu
irmão do íntimo do coração.»
2 comentários:
Não me esqueço que os americanos com duas bombas mataram cêrca de 400 mil pessoas no Japão.
Não me esqueço do Afeganistão, do Iraque, de Guantanamo, etc.
SdB(1)
Claro, e com a guerra mais q ganha.
Mais 300 mil em Dresden, tb em 1945.
fq
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