01 agosto 2012

Diário de uma astróloga – [31] – 1 de Agosto de 2012


As Olimpíadas

Sou uma fã incondicional dos Jogos Olímpicos e estes de Londres, que começaram dia 27 de Julho e vão acabar a 12 de Agosto, trazem um elemento suplementar ao prazer de ver os melhores atletas do mundo competir: ALIVIO… das notícias da crise, da mortandade na Síria, do desemprego em Espanha, dos lucros dos bancos em queda, do assassino louco dos Estados Unidos que metralhou 70 pessoas num cinema…

O momento em que vivemos, e que se prolongará por mais tempo, é dominado astrologicamente por uma conjuntura que liga duas energias pesadas e revolucionarias simbolizadas por Plutão e Úrano. Energias necessárias para lançar um novo paradigma … mas muito cansativas.

O espírito olímpico é dominado por Júpiter. O maior planeta do sistema solar representa a capacidade de acreditar em si próprio e na possibilidade de um mundo melhor. É uma energia optimista, ao contrário da de Saturno que tende para o pessimismo. 

Conta a lenda que Hércules, uma vez tendo acabado os seus 12 trabalhos, construiu o primeiro estádio olímpico em honra de Zeus, o rei dos deuses do Monte Olimpo. Zeus na mitologia romana passa a chamar-se Júpiter, mas as características que lhe são associados são as mesmas. O moto olímpico “Citius, Altius, Fortius” (mais depressa, mais alto, mais forte) é a expressão perfeita da necessidade jupiteriana de expansão, de ir mais longe, de nos ultrapassarmos, de procurar a luz ao fundo do túnel, o que, no caso dos atletas, quer dizer quebrar a o record com o olho na medalha de ouro.

Os primeiros jogos realizaram-se na Grécia entre os séculos VIII e o IV AC. Nessa altura as cidades- estados paravam de guerrear e dedicavam-se a competir com “fair play”.

Hoje em dia já não falamos de deuses, mas o Júpiter como arquétipo está presente nas nossas cartas do céu e na nossa personalidade. Por isso, fui com curiosidade astrológica investigar a data de nascimento do Barão Pierre de Coubertin, impulsionador dos Jogos Olímpicos da era moderna. Ele nasceu em Paris a 1 de Janeiro de 1863 e a sua infância foi marcada pela guerra Franco-Prussiana e pela Comuna de Paris. O Júpiter natal de Coubertin está em Balança, o que é o símbolo perfeito para uma pessoa que acreditou (Júpiter) na possibilidade de paz entre nações (Balança). Júpiter faz um ângulo de 180º com Marte em Carneiro, pelo que Coubertin conciliou as suas convicções sobre a paz internacional com a competição (Marte) individual (Carneiro).

Os Jogos Olímpicos não apareceram de um momento para o outro. Coubertin, com o seu poder organizativo simbolizado por Sol, Mercúrio e Vénus em Capricórnio, fundou primeiro o Comité Olímpico Internacional em 1894 em Lausanne. Esse Comité implementou os primeiros Jogos Olímpicos da era moderna dois anos depois em Atenas. Na carta da fundação do Comité Olímpico Internacional Júpiter está em Gémeos, e não posso deixar de exclamar “grande (Júpiter), ideia (Gémeos) ”! 

Júpiter tem uma órbita de 12 anos, pelo que passa aproximadamente um ano em cada signo. Desde o dia 11 de Junho que está novamente em Gémeos, onde permanecerá até 25 de Junho de 2013.

Desejo a todos que gozem o alivio proporcionado pelo Jogos Olímpicos, a beleza do espectáculo de algumas competições e a emoção de ver quem vai ganhar mas, como a crise não se vai embora, as guerras e as mortes não vão acabar, proponho que, inspirados pelos atletas e por Júpiter em Gémeos, acreditem que é possível quebrar as barreiras físicas, politicas e económicas que nos mantêm manietados. Toca a ter grandes ideias de como o fazer, aproveitando a estadia de Júpiter em Gémeos!

Luiza Azancot

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