À hora a que escrevo estas palavras chove copiosamente lá fora
e o dia está escuro. Não tenho propriamente um tema que me guie; ao invés,
deixo correr a pena, digo, as teclas. Penso no Evangelho de hoje, que é afinal
a razão do meu Post, e vem-me ao pensamento um encontro fugaz que tive hoje de
manhã e ao qual não dei grande importância. Eram 08h30 da manhã, 5ª feira, em plena Av. Fontes Pereira de Melo,
grande azáfama para lá e para cá, carros a subir e descer a avenida, uma
ambulância apitando a sirene, pessoas apressadas para os seus trabalhos, uma autêntica
dança de gabardines e chapéus de chuva.
De repente, uma imagem destoa totalmente do cenário. Cruzo-me
com um sem-abrigo que por ali deambula, coberto por um cobertor (será pleonasmo
??), o cabelo parece um ninho de ratos; a barba por fazer há 3 ou 4 meses; o olhar? triste, azul, transparente; o andar, cabisbaixo. Num impulso, volto atrás
e ofereço-lhe a sandwich que trazia de casa, embrulhada em papel de prata, que tiro
da minha mala. O homem arregala os olhos, rasga um sorriso e pergunta “para mim?”, numa pronúncia estrangeira. Aquele sorriso era contagiante. Acenei com a
cabeça e, sem articular uma única palavra, simplesmente, sorri de volta.
Tudo isto não durou mais de 20 ou 30 segundos; segui o meu
caminho e não mais pensei no assunto, mas o sorriso aberto daquele homem deu um
significado diferente ao meu dia.
Domingo, Se Fores à Missa
………….. Sorri !
Maf
Evangelho de Nosso Senhor
Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, Jesus chamou os Doze e disse-lhes:
Sabeis que os que são
considerados como chefes das nações exercem domínio sobre elas e os grandes
fazem sentir sobre elas o seu poder?
Não deve ser assim entre vós:
quem de entre vós quiser
tornar-se grande, será vosso servo,
e quem quiser entre vós ser o
primeiro, será escravo de todos;
porque o Filho do homem não
veio para ser servido, mas para servir e dar a vida pela redenção de todos».
Palavra da salvação.
Frequentei o Curso de Cristandade e, a seguir, tinhamos umas reuniões semanais que se chamavam ultreias; um dos assuntos obrigatórios era "momento mais próximo de Cristo".
ResponderEliminarQue belo momento, o seu.
SdB(I)
SdB(I), sei bem do que fala. Também eu sou cursilhista :-) E foi exactamente nos Cursilhos que aprendi que "momentos próximos de Cristo" não têm necessariamente de ser coisas fantásticas, como milagres ou visões! Não! Como você diz, e bem, um sem abrigo também traz Cristo dentro dele.
ResponderEliminarUma boa semana...
Maf