25 maio 2021

Da dança como conhecimento

Luciano de Samósata (Samósata, 125 - Alexandria, 181) terá dito da dança (e traduzo livremente): 

É o cume de todo o conhecimento, superior, mesmo, à filosofia.

Friedrich Nietzsche, por seu lado, afirmou que:

Só acreditarei num deus que saiba dançar.

A afirmação de que a dança não é apenas um caminho para o conhecimento, mas que constitui um tipo de conhecimento, superior, mesmo, ao conhecimento trazido pela filosofia, é uma afirmação séria - e interessante. Considerar que a dança, movimento organizado, é superior à ética, é desafiante. Significa duas coisas: ou que se dança pior do que se dançava há 2000 anos, ou que se sabe tanto (ou mesmo mais) do que se sabia há 2000 anos. Sabemos mais ou menos do que sabíamos há 2000 anos?

Porque dançam as pessoas? 

Para fazer a vontade a quem as desafia para tal;

como entretém - afectivo ou não;

como expurgação de demónios internos;

como repetição de movimentos ancestrais e tribais.

Conseguimos que estes quatro motivos se entrecruzem com o conhecimento?

JdB  

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