18 julho 2008

Toda a beleza faz chorar?



O Pronome Possessivo teve a excelente ideia de postar, um dia, a Lacrimosa, do Requiem de Mozart. Fechei os olhos e ouvi o tema pela milionésima vez, invejoso de uma mente que conseguiu criar uma obra tão sublime que me tira da terra e me leva a um outro mundo.
Quanto comentei - quase sob impulso - ocorreu-me um pensamento: tudo o que é verdadeiramente belo, em qualquer forma de arte, tem o seu quê de tristeza. Não consigo encontrar (tanta) beleza na alegria. Talvez encanto, ternura, satisfação. Mas Beleza?
Perante a discórdia de algumas pessoas, meditei sobre o assunto e refiz o raciocínio, do qual não saio: pelo menos na música, tudo o que é verdadeiramente belo é triste.
O vídeo que partilho mostra isto mesmo. Fechem os olhos (até porque a imagem não mexe), oiçam, e digam-me se não tenho razão.

2 comentários:

  1. Tendo a concordar consigo, JB. Raramente a alegria me comove e me subjuga tanto como a beleza triste. Porquê, também não sei. Mas talvez seja porque a tristeza e a tragédia se prestam mais à criatividade grandiosa, já que o ser humano fica bastante embotado quando está feliz... será isso?

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  2. Talvez seja essa a razão. Quando olho para a pintura "tendo" a sentir o mesmo - tem de haver, ali, alguma tristeza, alguma melancolia. Uma tela com meninos felizes que jogam ao pião não me enche as medidas da Beleza.

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