03 novembro 2011

Águas profundas


Ouve-me a imensidão do silêncio.
A alma escorre-me
Por um gelado abismo de ausência
Na presença do vácuo oco que agora sou.
Assim como roupas enfiadas em cabides
São as minhas memórias: sem corpo.
_ Recordações que vestem esqueletos!
Invoco os amores que já foram.
_ Tristes ecos vazios!
Voam no vento do tempo
Trazendo e levando
Vezes, vezes nada.
Ouve-me a imensidão do silêncio.
Estou só. E sem mim.

VNC

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