20 março 2013

Moleskine

Blogue. Cavalheiro do meu círculo, cuja inteligência prezo e amizade estimo, não gostou do texto que escrevi 6ªfeira passada, sobre o detalhe. Disse mesmo ter detestado. Uma semana antes tinha manifestado igual veemência no elogio à minha abordagem sobre a morte.
Ora, o blogue está para a minha escrita como a igreja está para o meu comportamento - vou à missa para ser santo, não porque sou santo. Com o blogue é o mesmo. Não tenho formação académica em literatura ou ciências do género. Não sou de Letras, não frequentei cursos de escrita criativa. O que escrevo sai-me do gosto e de algum jeito. Mas também sei (até porque me dizem) que uso bengalas literárias, e essas bengalas criativas ajudam-nos, mas também nos viciam e nos limitam. 
Alguns textos que escrevo são experiências, tentativas de me autonomizar das minhas fórmulas já batidas. Por vezes funcionam, por vezes não. Sendo um homem pouco conciso, obrigo-me a escrever textos que não excedam as 600 ou 700 palavras, sob risco da leitura se tornar fastidiosa ou difícil.
O meu blogue é o meu banco de ensaios. É aqui que me aventuro. É aqui, desejavelmente, que cresço.

Imagens. Enviada por mão amiga.

Death of a cyborg (William Bouguereaux)

Livros. Gosto de ficção, gosto de romances, gosto de policiais. No entanto, a frequência da pós-graduação obriga-me a outras leituras. Um ou outro livro serão mais fáceis, um ou outro serão particularmente difíceis. No primeiro semestre li Foucault com dificuldade, este ano li um texto de Jacques Derrida (a estrutura, o signo e o jogo no discurso das ciências humanas) de que não percebi uma palavra. Tudo tem o seu tempo, e talvez o meu tempo seja mais lento. Agora vou-me atirando a isto:



Estudos. Ontem tive uma reunião com o Prof. Miguel Tamen, da Faculdade de Letras, gentilmente promovida por um professor da Universidade Nova. Dei início ao meu período de reflexão sobre a continuação dos meus estudos. Em cima da mesa está um Mestrado em Teoria da Literatura. A ver vamos o que consigo fazer...

Filmes. Enviado por mão amiga.



JdB  

3 comentários:

  1. Detestei o cyborg gostei imenso da calsberg.
    Barthes, Derrida e Aristóteles valem a pena.
    Torna-se um hábito e tudo o resto parece literatura de cordel. Que me perdoem ...

    ResponderEliminar
  2. ACC, sem dúvida. Tudo parece literatura de cordel, tudo parece infantil e pequenino. Que me desculpem também, mas partilho totalmente da sua impressão. pcp

    ResponderEliminar
  3. Is it ok to save my friend...and then hit him over the head with a bottle of carlsberg? A terrible waste of a good beer? Ok, I could hit him with a book by Derrida, but I think he would not understand! PO

    ResponderEliminar

Acerca de mim