09 janeiro 2017

Duas Últimas

Embora os dois youtubes que agora divulgue estejam relacionados com o José Pracana, que morreu há pouco tempo, o post de hoje não pretende ser uma homenagem ao fadista. Já muito foi dito nos últimos dias, e eu não saberia acrescentar nada mais. Cruzei-me com ele meia dúzia de meses, se tanto, fruto da amizade que o ligava ao meu Pai. Tocaram juntos inúmeras vezes no estrangeiro, em eventos organizados (patrocinados? com a colaboração de?) pela TAP, onde eram ambos funcionários. 

Ouvi o fado A Rua Que Foi Nossa há muitos anos (muitos mesmo, embora não saiba exactamente quantos) provavelmente aquando da sua gravação. E deixei de o ouvir há igual número de anos porque o José Pracana não terá gravado muito (pelo que não passava na rádio, como agora se diz) e, pese embora o seu enorme conhecimento de fado, não fez grande carreira como cantor. Voltei a ouvir o fado há poucos dias, divulgado pela Teresa Lopes Alves no seu programa semanal da Rádio Amália. Quando dei por mim conhecia a letra toda de cor e salteado. Curiosamente, vim a saber que a letra tinha sido escrita por alguém bem conhecido de uma certa época, cujo nome artístico era Maria (de?) Castro.  

Por que motivo haveria eu de fixar uma letra de um fado com tantos anos e que não ouvia ao mesmo número de anos? Que processo mental se desenvolve dentro da nossa memória para retermos uma música e não retermos outra? 

Enfim. Fica José Pracana, para deleite de quem gosta de o ouvir cantar e tocar e para quem gosta de ouvir versos bonitos escritos para fado.

JdB (I)



1 comentário:

  1. A culpa é dos filtros e da sua capacidade de selecionar...
    Beijinhos

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