No livro que estou agora a terminar, a música - seja clássica, moderna, ou das nossa melodias de sempre - desempenha, aqui e ali, um papel importante. Há toadas que surgem como antevisão de acontecimentos, outras ilustram estados de alma, outras, ainda, concluem cenas, como se a letra do que alguém canta chegasse, por si só, para explicar o que se passou.
Olho para o bilhete de avião que me garante, salvos os imponderáveis, a viagem para Harare, passando por Frankfurt e Joanesburgo. No reverso desta meia dúzia de folhas estão três linhas que só eu consigo ler, porque fazem parte de uma sextilha que me acompanhou interiormente ao longo de muito tempo.
Quanto caminhos cruzados
Estradas feitas em bocados
Vidas que Deus baralhou
Percebo, de repente, que faltam as três últimas linhas dos versos. Puxo pela cabeça mas já não consigo lembrar-me. Talvez seja a memória que me falta, ou talvez tenha sido a percepção de que muitas coisas já não rimam, porque os fados mudam.
Amanhã é outro dia.
Adeus, até ao meu regresso
hoje foi outro dia
ResponderEliminarBaralhar, cortar e dar...
ResponderEliminarTodos os jogos são assim, e fico a torcer para que o seu esteja cheio de trunfos.
Agora o jogo é noutras paragens!
Tribo
ResponderEliminarUma palma para o Bragança
Rocha
E amanhã diremos: presente!
ResponderEliminarResposta telegráfica para todos os comentaristas, que estou anda a ambientar-me ao ambiente (passe o pleonasmo): obrigado, façam o favor de ser felizes.
ResponderEliminarPalma dada, Rocha!
ResponderEliminar;)