Podia ter escolhido um barco chamado liberdade
Onde não houvesse uma hora um compromisso uma regra um se te apetece…
Podia ter escolhido uma casa onde as letras estivessem à mesa de cabeceira
Onde as almofadas fossem os clássicos e se adormecesse ao som da poesia
Podia ter escolhido uma casa onde pelos cantos se escutassem sons espirituais
Harmonias gregorianas aromas de incenso preces dedicadas votos perpétuos
Podia ter escolhido tantas coisas se tantas coisas me tivessem escolhido a mim
Mas não quis os livros a poesia os clássicos os realistas os aromas as preces
Não quis a liberdade que ilude o não compromisso que engana
Não quis a presunção de ser mais querer mais achar mais
Não quis estender os braços noutra direcção porque sei onde está o meu norte
Não quis pretensas musas inspiradoras supostas devoções humanas
Não quis nada disso nada disso nada disso nada disso
Quis ir mais além ser mais além viajar mais além
Quis-te a ti e só a ti e nada mais do que a ti
Quis esta casa estes braços esta boca esta alma este coração estas mãos
Quis esta fraqueza que acolhe a minha fraqueza
Quis este choro que acolhe o meu choro
Quis este riso que acolhe o meu riso
Quis estes olhos que me conhecem que me vislumbram no escuro
Quis este coração com cicatrizes que conhece as minhas feridas
Quis esta alma que sufoca estes braços que apertam esta boca que beija
Quis a imperfeição que acolhe o pouco de mim
Quis as mãos desajeitadas que moldam o barro que sou
Não quis mais nada mais ninguém mais local algum
Podia ter escolhido tudo se tudo me quisesse ter escolhido
Mas escolhi oferecer-te o pouco que sou o nada em que me tornei
Podia ter escolhido ou o mar ou a terra ou o céu ou a praia ou as aves
Escolhi-te porque és isso tudo na minha vida na minha estrada
Podia ter escolhido o caminho da frase que se diz da voz que se levanta
Mas escolhi não dizer não gritar não afirmar
Escolhi porque podia escolher e escolhi o pedido o abrir dos braços
Escolhe-me também a mim
Onde não houvesse uma hora um compromisso uma regra um se te apetece…
Podia ter escolhido uma casa onde as letras estivessem à mesa de cabeceira
Onde as almofadas fossem os clássicos e se adormecesse ao som da poesia
Podia ter escolhido uma casa onde pelos cantos se escutassem sons espirituais
Harmonias gregorianas aromas de incenso preces dedicadas votos perpétuos
Podia ter escolhido tantas coisas se tantas coisas me tivessem escolhido a mim
Mas não quis os livros a poesia os clássicos os realistas os aromas as preces
Não quis a liberdade que ilude o não compromisso que engana
Não quis a presunção de ser mais querer mais achar mais
Não quis estender os braços noutra direcção porque sei onde está o meu norte
Não quis pretensas musas inspiradoras supostas devoções humanas
Não quis nada disso nada disso nada disso nada disso
Quis ir mais além ser mais além viajar mais além
Quis-te a ti e só a ti e nada mais do que a ti
Quis esta casa estes braços esta boca esta alma este coração estas mãos
Quis esta fraqueza que acolhe a minha fraqueza
Quis este choro que acolhe o meu choro
Quis este riso que acolhe o meu riso
Quis estes olhos que me conhecem que me vislumbram no escuro
Quis este coração com cicatrizes que conhece as minhas feridas
Quis esta alma que sufoca estes braços que apertam esta boca que beija
Quis a imperfeição que acolhe o pouco de mim
Quis as mãos desajeitadas que moldam o barro que sou
Não quis mais nada mais ninguém mais local algum
Podia ter escolhido tudo se tudo me quisesse ter escolhido
Mas escolhi oferecer-te o pouco que sou o nada em que me tornei
Podia ter escolhido ou o mar ou a terra ou o céu ou a praia ou as aves
Escolhi-te porque és isso tudo na minha vida na minha estrada
Podia ter escolhido o caminho da frase que se diz da voz que se levanta
Mas escolhi não dizer não gritar não afirmar
Escolhi porque podia escolher e escolhi o pedido o abrir dos braços
Escolhe-me também a mim
Muito bem JB.
ResponderEliminarO essencial inspira-o.
Continue a ser quem é, a saber que viver é escolher e a comprometer-se com as suas escolhas.
Beijinhos