Onde te escondes menina, que nunca te vejo, que nunca te encontro lá? Onde te metes nestas tardes quentes, de sol demorado, que só me apareces quando eu regresso, morto de cansado? Que é de ti menina? Ando a matutar. Vejo-te bonita, sinto-te contente. Quem te iluminou assim de repente?
Parece que tens o sol, na cara estampado. Que andas cheia de vento no cabelo doirado. E esses teus olhos, que olhos são esses menina, que trazem o céu todo para casa? Que paz encontraste agora, diz-me só a mim, ao menos a mim, o que te arrasta do ninho para fora?
Cheiras a baunilha, falas de veleiros e de pescadores, de viagens e descobridores. Vens com batedores, com essas gaivotas por cima de ti. Deitas pela boca maresia. Ainda és mais a mesma do primeiro dia.
Nem sei o que faça menina. Se te deixe andar, se te persiga. Se te deva espiar ou libertar, sem perguntar. Como no primeiro dia. Deito-me a pensar. Se a aragem contigo nunca sopra igual.
Menina, vou-te perseguir. P’ra mim é difícil deixar-te seguir. Tu sabes que é. Diz-me qualquer coisa, levanta o teu véu. Que tardes são essas, ando a matutar, qual é o teu céu?
Não é nenhum outro que não seja o teu. Fica descansado, estou-te sempre a ver. Mesmo que ande aí, mesmo que me embrulhe na alma vadia desta cidadela. Na sua armadilha, no monstro, na bela. Ando só com ela.
Ando só com ela, juro, fica descansado. Faz-me levitar. Consegue apagar esta minha sombra, às vezes pesada. E o sol menino… o sol que me achas, trago-o p’ra te dar. Deixa-te aquecer, pára de pensar.
Lava-te de azul, desse tal que vês. São alguns bocados deste nosso rio, às vezes salgados. E o verde das árvores, as cores de um jardim, do mar, de um miradouro. É aí que me sento, em todas as tardes de sol duradouro.
Faz o que quiseres. Faz as duas coisas. Persegue-me e deixa-me voar. Não te esqueças de mim. Sabes bem que eu quero, que vou sempre ficar. A fintar as horas desejosa de te ver chegar.
Parece que tens o sol, na cara estampado. Que andas cheia de vento no cabelo doirado. E esses teus olhos, que olhos são esses menina, que trazem o céu todo para casa? Que paz encontraste agora, diz-me só a mim, ao menos a mim, o que te arrasta do ninho para fora?
Cheiras a baunilha, falas de veleiros e de pescadores, de viagens e descobridores. Vens com batedores, com essas gaivotas por cima de ti. Deitas pela boca maresia. Ainda és mais a mesma do primeiro dia.
Nem sei o que faça menina. Se te deixe andar, se te persiga. Se te deva espiar ou libertar, sem perguntar. Como no primeiro dia. Deito-me a pensar. Se a aragem contigo nunca sopra igual.
Menina, vou-te perseguir. P’ra mim é difícil deixar-te seguir. Tu sabes que é. Diz-me qualquer coisa, levanta o teu véu. Que tardes são essas, ando a matutar, qual é o teu céu?
Não é nenhum outro que não seja o teu. Fica descansado, estou-te sempre a ver. Mesmo que ande aí, mesmo que me embrulhe na alma vadia desta cidadela. Na sua armadilha, no monstro, na bela. Ando só com ela.
Ando só com ela, juro, fica descansado. Faz-me levitar. Consegue apagar esta minha sombra, às vezes pesada. E o sol menino… o sol que me achas, trago-o p’ra te dar. Deixa-te aquecer, pára de pensar.
Lava-te de azul, desse tal que vês. São alguns bocados deste nosso rio, às vezes salgados. E o verde das árvores, as cores de um jardim, do mar, de um miradouro. É aí que me sento, em todas as tardes de sol duradouro.
Faz o que quiseres. Faz as duas coisas. Persegue-me e deixa-me voar. Não te esqueças de mim. Sabes bem que eu quero, que vou sempre ficar. A fintar as horas desejosa de te ver chegar.
DaLheGas
Que bonito DaLhe.... não há trecho mais belo, nem palavras mais sinceras do que aquelas proferidas entre dois amantes, para quem o sol é a pupila dos olhos dela e o lar é a a segurança do abraço dele. Vivamos, pois, como fazem os amantes.
ResponderEliminarcomo você é romântica maf. boa! obrigada pela sua visita.
ResponderEliminarDelicioso texto.
ResponderEliminarQuando o li da primeira vez, achei-o delicioso, também. E só me ocorria (vá-se lá saber porquê): "que bonito e bem escondido par de asas ela tem..."
ResponderEliminarMais tarde da segunda, ocorreu-me:" põe-te a milhas miúda...olha em frente o azul..."
Hoje ocorre-me: "não olhes para trás, passou..."
Acho que não vou voltar a lê-lo, sei lá que mais me ocorrerá!
(vá-se lá saber porquê)
(oh, mas continua a ser um belo texto poético!)
Vexa já me dera paisagens deslumbrantes. Agora corta-me a respiração. a. você é cá da Terra?
ResponderEliminar(já ouvi falar de anjos que falam na internet) :)
Que talento é esse, menina?
ResponderEliminarParabéns, mais uma vez.
:-)
Vixe maria, eu heim...xixinha e osso como ocê, né, mas mais p'rá xixinha :)
ResponderEliminarxi, tô em crer que todo mundo tem asinha e caudinha mêmo...baralham é tudinho .
(eu sabia que não devia ter lido de novo... é que hoje ocorre-me: "ele é parvo, pelo desperdício...mas...secondlive nã tem graça...e secondchance? third, forth..."
acho que é aquela "coisa" da maf. a dar-me aqui de lado!)
Bjinhos anjas
à Tua AV ! flores para ti.
ResponderEliminarehehe tá quieta ó preta :)
Obrigada a.da.dedução!