16 abril 2010

to catch a thief

apetece-me escrever um poema todo em vertigem, souplesse e estilo,
como se ao volante de um esvoaçante bólide super-desportivo,

beijando ao de leve o asfalto das esbeltas estradas do mónaco,
ao lado de uma morena de estalo e vestido mais do que negro.

mas a vida não é um filme de hitchcock, nem um livro strawberry light,
- antes o mesmo exacto bólide, fundindo-se agora contra um rochedo.


gi.

4 comentários:

  1. O seu poema de hoje é completamente visual. Consegui ver as estradas de Itália, Mónaco, Sul de França (que se vêm nos filmes, já que nunca lá fui) com o mar ao fundo, um carro descapotável e um homem e uma mulher elegantes, bonitos e cool. E carefree, obviamente! Provavelmente dirigindo-se para a Amalfi Coast... Super giro! Prefiro esquecer a segunda parte: a vida não é um filme de hitchcock, etc, etc, etc. Bom fim-de-semana. pcp

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  2. viva, cara pcp.
    obrigado pelo seu comentário. entendo o lado visual da questão ('expressionismo vitalista em tons claros'?) e compreendo a sua referência ao lado menos agradável da segunda parte do poema ('pinceladas impressionistas em tons escuros'?). não acha uma boa metáfora dessa coisa a que chamam vida ;-)? like it or not..
    flores ainda matinais, sempre gratas

    gi.

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  3. Gostei do seu post. Gostei das palavras, da maneira como as dispôs, do sentido de humor e do - 'to catch a thief':)

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  4. cara maria lemos,

    gostou, portanto, mais do que o devido!
    estou a brincar, claro está.
    mais a sério: muito obrigado. sinal de que valeu a pena.
    flores,

    gi.

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