Ao anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas as portas do lugar onde os discípulos
se encontravam, com medo das autoridades judaicas, veio Jesus, pôs-se no meio deles e disse-lhes: «A paz esteja convosco!»
Dito isto, mostrou-lhes as mãos e o peito. Os discípulos encheram-se de alegria por verem o Senhor.
E Ele voltou a dizer-lhes: «A paz seja convosco! Assim como o Pai me enviou, também Eu vos envio a vós.»
Em seguida, soprou sobre eles e disse-lhes: «Recebei o Espírito Santo. Àqueles a quem perdoardes os pecados, ficarão perdoados; àqueles a quem os retiverdes, ficarão retidos.»
Hoje é Domingo de Pentecostes e o tema é, obviamente, o Espírito Santo. No meu último post, de há 15 dias atrás, partilhei um pouco convosco a importância da 'presença' do Espírito Santo em aspectos concretos da minha vida do dia-a-dia. Hoje, se conseguir, gostaria de partilhar a importância da Sua presença no meu coração. Como é que o descreveria ? Como é que o sinto no meu coração ? Sem querer cair em clichés ou lamechices, atrevo-me a dizer que O sinto como um sopro que desce do Céu, um vento que me anima e me envia nos caminhos da vida. Não se trata de nada espectacular, nem de milagoroso, não pensem ! Não sou, nunca fui e nunca serei Santa. A Santidade, a meu ver, faz-se caindo e levantando. Cair ... caio muitas vezes, como é própria da minha condição humana; já o levantar é outra conversa. Aí, sim, entra o Espirito Santo, soprando, empurrando, pontapeando, se necessário for, para nos pôr de pé..... Vá, levanta-te ! Que fazes aí? Não vês que encobres, asfixias as pedras da calçada ? Vá, desinstala-te que essa quietude, essa cegueira te faz perder toda a riqueza da vida ! Vá, anda para a frente, não te fixes nas lamúrias. Ai, ai o Espírito santo não se compadece. É Ele que planta em nós o bichinho da missão, da ultreia, do ir mais além. É como digo .... um vento que nos empurra, às vezes brisa, às vezes furacão. Ás vezes é quase material, chego a pensar que é Ele quem incute coisas na minha consciência, que me faz sentir mal por ter dito ou feito isto ou aquilo; ou por não ter feito ou dito isto ou aquilo. Podem crer, a presença d'Ele no meu coração não passa despercebida e nem sempre é agradável :-)
Da leitura de hoje, fica-me uma ideia principal: os dons que recebemos do Espírito Santo não podem ser usados para benefício pessoal, mas devem ser postos ao serviço de todos.
Domingo se fores à Missa .......... deixa o Espírito Santo entrar.
MAF
Concordo com tudo o que diz, MAF. Embora nao veja o Espirito Santo como um vento, um sopro. Nao lhe sei atribuir uma imagem, confesso. Mas lembrei-me duma iluminura deliciosa que vi uma vez numa exposicao na Royal Academy, em Londres. Um preciosidade de bem feito, de bem pintado, de bem conservado. Um casal, muito direitinho, hirtos mesmo, lado a lado, sobre uma cama de dossel. Uns chinelos apetitosos, muito direitinhos, no chao, ao lado da cama. Uma comoda e uma cadeira. E uma janela aberta de par em par e um bébé (!) a voar empurrado por um sopro ... que se adivinha ser o sopro divino. Uma delicia de inocência e de delicadeza. Obrigada. pcp
ResponderEliminarobrigada pcp pelo seu comentário e pela paciência em ler os meus humildes posts. Assim descrita, essa iluminura deve realmente ser lindissima.
ResponderEliminarmaf