passamos uma vida à procura do amor superlativo,
nos bosques, na boca de pássaros de fogo,
na copa das árvores mais distantes,
galáxias por inventar - pensamos nós.
depois, sentados à beira de uma metálica cama,
a conclusão chega de mansinho
como tudo o que é óbvio
e que obviamente faz o seu caminho:
afinal o amor que tanto procuramos
não é o amor de quem amamos,
antes o amor de quem nos ama.
um amor assim não rima com romances,
nem com palavras bizantinas,
nem com constelações semânticas,
muito menos rima com erotismo que pede cama.
é tão simples afinal:
o amor é o nosso nome soletrado por quem nos ama,
matando de morte matada a morte macaca,
que ronda essoutro-objecto-agora-ainda-a-cama.
eu sou de quem me ama, mais cama menos cama,
eu sou de quem me ama, mais dama menos dama,
eu sou quem com o meu nome faz milagres, magia,
casas, ruas, cidades, países, planetas, universos!
eu disse que sou de quem me ama?
disparate, meninos, eram apenas versos..
é que eu sou quem me ama.
gi.
Que espectáculo, gi! Mesmo bom. Obrigada. pcp
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