21 janeiro 2011

sem título?

os teus votos de Ano Novo
deixaram-me em lágrimas.
tolice talvez não escrever armas
ao invés de lágrimas,
mas essa tua cintilante
gramática - ou semântica? -
é toda uma outra escola,
e uma outra escala,
dir-se-ia para além da Trapobana.

como se Camões e Pessoa
sentados à mesma mesa
te dessem a certeza
de que pelos séculos dos séculos
brilha intensa brilha imensa
a exacta e humana
eterna mesma chama.
de 2010 guardamos
uma singela aguarela em flor
melancólica natureza viva
que insiste e resiste no Amor

modinha à maneira de Lisboa
sim, sim, sim - gritam os mapas -
e o poeta agora sente e fala
em língua franca de criança:
brilha alto a palavra mágica
- luzes, amigos e amigas,
que o título do poema é afinal..
ESPERANÇA!

gi.

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