04 março 2011

juro-te

se não me ganhas às cartas,
fecho-me no quarto dos fundos
e por mãos minhas faço justiça,
e arraso este mundo imundo.

(mas só para melhor to dar,
reconstruído outra vez do zero,
num micro-nano-segundo,
desprovido de fealdade e erro.)

vá lá, donzela, a sério,
não mudes de assunto;
vá lá, donzela bela,
não te mudes deste mundo.

mesmo indo os dois ao fundo
ficamos melhor, ainda assim,
do que intactos e impolutos,
mas separados por glaciares.

palavras destas, quantas tenho?
biliões de milhões! (brinco)
mas se queres saber a sério,
tenho ainda uns largos milhares.

quantidade de resto sideral,
como quando me falas perto do rosto
e, juro, parece mesmo que é outra vez
dia de Natal, mas misturado com o sol de Agosto.

gi.

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