O Evangelho de hoje
é longo, pesado e triste e, no entanto, é um dos mais importantes da liturgia
cristã.
O Evangelho da Paixão de Cristo relata-nos, passo a passo, a forma como
Jesus viveu os seus últimos dias de vida enquanto Homem. Não espero que vocês o leiam, até porque só o
tamanho assusta, mas certamente já o ouviram em outras ocasiões e
conhecem-no. Ao lê-lo, quatro palavras
ressaltaram na minha mente: confiança, coragem, entrega e amor.
Só uma confiança
cega em alguém, permitiria que algum de nós saltasse de uma ponte ou se
atirasse de uma janela, ao encontro da morte.
Uma criança, de tenra idade, talvez o pudesse fazer se instigada pelo
pai ou pela mãe. Cristo avança para o Calvário, sabendo de antemão o tormento
que o espera e fá-lo porque tem uma confiança cega no Pai; fá-lo por amor a
todos nós; fá-lo porque sabe que o Pai só se pode revelar através da sua
própria morte ..... e confia, entrega-se. “Faça-se em mim a tua vontade”. É o derradeiro acto que alguém pode fazer por
amor: morrer para que o outro viva.
E o engraçado é que
dei por mim a pensar que, numa escala diferente, também nós podemos fazer
morrer partes em nós, partes do nosso carácter, partes do nosso conforto,
partes do nosso património, para que outros vivam. Posso matar o egoísmo que há
em mim, ficando de imediato mais centrada nos outros; posso matar a preguiça
que há em mim, ficando mais activa para os outros; posso matar a intolerância,
ficando mais receptiva a aceitar os outros; posso matar o comodismo, ficando
com mais tempo para os outros. E assim sucessivamente.... cada um de nós sabe o
que deve matar em si. A morte não é o fim, mas sim a transformação para algo
melhor. Até a morte física, a que de longe mais nos assusta, mais não é do que
uma passagem para outro estado, para outro nível. Quem tem a sorte de ter fé,
como eu, acredita que o outro estado
será melhor, mais puro, mais pacífico. Cada vez mais acredito que, na morte,
poderemos encontrar paz. Apesar de os sentimentos, de quem fica, serem
normalmente de dor, desespero, revolta, incompreensão, acredito que quem parte
encontra finalmente a paz. E isso ajuda-nos, a nós que cá ficamos, a encarar a
morte com outros olhos. Sem dúvida que Cristo assim o fez.
Domingo, Se Fores à Missa ...... Transforma-te !
Maf
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo S. Marcos
Naquele tempo, os príncipes dos
sacerdotes reuniram-se em conselho, logo de manhã, com os anciãos e os
escribas, isto é, todo o Sinédrio. Depois de terem manietado Jesus, foram
entregá-l’O a Pilatos. Pilatos perguntou-Lhe:
«Tu és o Rei dos judeus?». Jesus respondeu: «É como dizes». E os príncipes dos sacerdotes faziam muitas
acusações contra Ele. Pilatos interrogou-O de novo: «Não respondes nada? Vê de quantas coisas Te
acusam». Mas Jesus nada respondeu, de modo que Pilatos estava admirado. Pela
festa da Páscoa, Pilatos costumava soltar-lhes um preso à sua escolha. Havia
um, chamado Barrabás, preso com os insurrectos, que numa revolta tinham
cometido um assassínio. A multidão, subindo, começou a pedir o que era costume
conceder-lhes.
Pilatos
respondeu: «Quereis que vos solte o Rei
dos judeus?». Ele sabia que os príncipes dos sacerdotes O tinham entregado por inveja. Entretanto, os
príncipes dos sacerdotes incitaram a multidão a pedir que lhes soltasse antes
Barrabás. Pilatos, tomando de novo a palavra, perguntou-lhes: «Então, que hei-de fazer d’Aquele que chamais
o Rei dos judeus?». Eles gritaram de novo:
«Crucifica-O!». Pilatos
insistiu: «Que mal fez Ele?». Mas eles gritaram ainda mais: «Crucifica-O!».
Então Pilatos, querendo contentar a multidão, soltou-lhes Barrabás e, depois de
ter mandado açoitar Jesus, entregou-O para ser crucificado.
Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio que era o pretório, e convocaram toda a corte. Revestiram-n’O com um manto de púrpura e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O: «Salve, Rei dos judeus!». Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem. Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, imão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário. Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando O crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-n’O e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam. Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?». Que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?». Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
Os soldados levaram-n’O para dentro do palácio que era o pretório, e convocaram toda a corte. Revestiram-n’O com um manto de púrpura e puseram-Lhe na cabeça uma coroa de espinhos que haviam tecido. Depois começaram a saudá-l’O: «Salve, Rei dos judeus!». Batiam-Lhe na cabeça com uma cana, cuspiam-Lhe e, dobrando os joelhos, prostravam-se diante d’Ele. Depois de O terem escarnecido, tiraram-Lhe o manto de púrpura e vestiram-Lhe as suas roupas. Em seguida levaram-n’O dali para O crucificarem. Requisitaram, para Lhe levar a cruz, um homem que passava, vindo do campo, imão de Cirene, pai de Alexandre e Rufo. E levaram Jesus ao lugar do Gólgota, quer dizer, lugar do Calvário. Queriam dar-Lhe vinho misturado com mirra, mas Ele não o quis beber. Depois crucificaram-n’O. E repartiram entre si as suas vestes, tirando-as à sorte, para verem o que levaria cada um. Eram nove horas da manhã quando O crucificaram. O letreiro que indicava a causa da condenação tinha escrito: «Rei dos Judeus».
Crucificaram com Ele dois salteadores, um à direita e outro à esquerda. Os que passavam insultavam-n’O e abanavam a cabeça, dizendo: «Tu que destruías o templo e o reedificavas em três dias, salva-Te a Ti mesmo e desce da cruz». Os príncipes dos sacerdotes e os escribas troçavam uns com os outros, dizendo: «Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo!
Esse Messias, o Rei de Israel, desça agora da cruz, para nós vermos e acreditarmos». Até os que estavam crucificados com Ele O injuriavam. Quando chegou o meio-dia, as trevas envolveram toda a terra até às três horas da tarde. E às três horas da tarde, Jesus clamou com voz forte: J «Eloí, Eloí, lemá sabactáni?». Que quer dizer: Meu Deus, meu Deus, porque Me abandonastes?». Alguns dos presentes, ouvindo isto, disseram: «Está a chamar por Elias». Alguém correu a embeber uma esponja em vinagre e, pondo-a na ponta duma cana, deu-Lhe a beber e disse: «Deixa ver se Elias vem tirá-l’O dali». Então Jesus, soltando um grande brado, expirou. O véu do templo rasgou-se em duas partes de alto a baixo. O centurião que estava em frente de Jesus, ao vê-l’O expirar daquela maneira, exclamou: «Na verdade, este homem era Filho de Deus».
Palavra da
salvação.
Na mouche, Maf!
ResponderEliminarObg
fq
MAFINHA
ResponderEliminarBrilhante.
Muito obrigada.
CA
Olá, tudo bem? Gosto muito de conhecer outros blogs, de saber o que andam escrevendo outros autores!
ResponderEliminarQuando quiser, visite meu blog!
Um abraço,
Eduardo
www.maneirasimples.wordpress.com
Brasil