Ser Pai nos dias de hoje. Antigamente,
o pai tinha o papel de
provedor, era quem dava o sustento ao lar, ocupando o papel de autoridade. Ser duro, distante, forte e não expressar afeto eram
características esperadas pelos Pais.
Com
a mudança de papel da mulher na nossa sociedade, deixando de ser “dona de casa”
e assumindo também a função de provedora, o papel do homem também está a mudar.
Surge
o pai presente, afetuoso, amigo e companheiro. O pai que banha, dá de mamar,
troca fraldas, levanta de madrugada, vai ao pediatra, leva à escola, acaricia e
abraça. O antigo pai autoritário e distante afetivamente dá lugar a um pai
presente e afetivo.
Tudo isso é uma conquista familiar: para as mães, que não estão mais solitárias nesta tarefa; para os filhos, que crescem num ambiente onde as diferenças se somam; e para os homens, que agora podem estar mais próximos, presenciando de forma afetiva e presente o crescimento de seus filhos.
Tudo isso é uma conquista familiar: para as mães, que não estão mais solitárias nesta tarefa; para os filhos, que crescem num ambiente onde as diferenças se somam; e para os homens, que agora podem estar mais próximos, presenciando de forma afetiva e presente o crescimento de seus filhos.
Porém, observa-se que esta mudança de papéis na família ainda gera incertezas. Neste intercâmbio entre pai e mãe cuidando dos filhos, muitas vezes, acontece que nenhum dos dois exerce a função de impôr limites. Exercer autoridade significa ensinar os limites da vida, as regras sociais, enfim, mostrar ao filho o mundo como ele é, além da relação dual que ele estabeleceu com a mãe nos primeiros anos de vida, onde muitas coisas aconteciam de acordo com o desejo da criança. Ser pai é impedir que a criança permaneça num mundo de fantasias, onde todos seus desejos são possíveis. É lançá-lo no mundo da realidade, onde valem os seus direitos e desejos, mas também os direitos e desejos de todas as outras pessoas.
Mas
o que acontece é que alguns homens
não sabem muito bem quais os seus limites. Invertem o papel de pai com o de
filho e tudo acaba numa grande confusão. Vestem-se como eles, querem
acompanhá-los à discoteca e até partilhar amigos. Quando questionados sobre o
seu papel, em regra afirmam que são os melhores amigos dos filhos,
desconhecendo que este não é o desejável. Aliás, os filhos já têm o seu grupo
de amigos, portanto necessitam é de um pai, não de mais um amigo! Um pai-amigo
é alguém que se demite do seu papel principal.
Em resultado disso, vemos que muitas crianças crescem sem saber qual o seu
papel no seio da família, já que tudo roda em torno delas. Não se fala à mesa
porque a menina quer ver a telenovela, não se utiliza o telefone a determinadas
horas porque o menino está ligado à Net ... chega-se ao ponto de permitir que
crianças de idade pré-escolar não tomem a medicação receitada pelo médico
porque, nas palavras dos pais, “ele não quer tomá-la, por isso não tomou”. Urge repensar o papel do pai educador.
Sem abdicar da proximidade que os pais de hoje têm relativamente aos
filhos, é importante preservar a sua função de figura de autoridade, como ponto de equilíbrio na vida de qualquer
criança ou jovem.
MAF
Evangelho segundo S. Lucas 13,1-9.
Naquele tempo, apareceram alguns a contar a Jesus, dos galileus, cujo sangue Pilatos tinha misturado com o dos sacrifícios que eles ofereciam.
Respondeu-lhes: «Julgais que esses galileus eram mais pecadores que todos os outros galileus, por terem assim sofrido?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos igualmente.
E aqueles dezoito sobre os quais caiu a torre de Siloé, matando-os, eram mais culpados que todos os outros habitantes de Jerusalém?
Não, Eu vo-lo digo; mas, se não vos converterdes, perecereis todos da mesma forma.»
Disse-lhes, também, a seguinte parábola: «Um homem tinha uma figueira plantada na sua vinha e foi lá procurar frutos, mas não os encontrou.
Disse ao encarregado da vinha: 'Há três anos que venho procurar fruto nesta figueira e não o encontro. Corta-a; para que está ela a ocupar a terra?'
Mas ele respondeu: 'Senhor, deixa-a mais este ano, para que eu possa escavar a terra em volta e deitar-lhe estrume.
Se der frutos na próxima estação, ficará; senão, poderás cortá-la.'»
Bem observado, a minha pratica tenho encontrado problemas familiares que vem de ausencia de estrutura e limites. Uma enorme confusao entre amor e regras como se nao pudessem conviver.
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