Penso que já aqui o disse: tenho uma relação incerta com a música étnica. Já aqui postei música iraniana, em lembrança a uma tarde memorável lá pelas bandas de Azeitão. Fi-lo, não por pesquisa, mas por sugestão. Quem ouviu, ouviu; quem não ouviu - azarito - não sabe o que perdeu. Não gosto de toda a música étnica, mas sou capaz de gostar de música de todo o mundo. Qual o requisito? Que ela seja, no meu conceito, bonita. Que ela seja, acima de tudo, calma.
Há uns anos, numa ida a Londres, almocei em Covent Garden, parece-me. A páginas tantas um pombo deambulava por ali, debicando migalhas que sobravam das refeições. Pousava numa balaustrada, numa mesa, na beira de um prato. Ao fundo ouvia-se música chinesa (ou pelo menos poderia ser...). Era uma música suave, diferente do modelo ocidental. Confesso que me senti bem, e talvez por isso tenha gostado da música a enquadrar um fim de almoço agradável e um pássaro com o qual normalmente embirro.
Hoje deixo-vos com música étnica oriental, ainda que eventualmente ocidentalizada. Ao fim de 30 segundos podem desligar; podem aproveitar para dizer mal do editor e dono do estabelecimento, podem preocupar-se com a minha insanidade. Ou podem pôr som e fechar os olhos, pensando em coisas agradáveis como seja a alma dos santos, a procura do sentida da vida, ou os crepúsculos entre os quais parecemos viver.
JdB
JdB
Gostei francamente!
ResponderEliminarAbr
fq
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ResponderEliminaruma música que ajuda a esvaziar a mente é uma música que uma mente barulhenta e cheia de coisas mundanas não apreciará.
ResponderEliminaruma mente vazia tem espaço infinito, e tem espaço para o infinito.