25 abril 2014

Duas Últimas

Comemoram-se hoje quarenta anos da revolução dos cravos. Durante os últimos dias foi tempo de cantar elogios a abril. Não ouvi nada, porque me fixei obsessivamente na figura e nas palavras do capitão Vasco Lourenço, uma estética e interessante figura.

Hoje tudo se dirá do melhor, embora aqui e ali se façam análises mais equilibradas e, aqui e ali, se desanque a revolução como a mãe de todos os males. Não direi aqui o que me vai na alma, porque não acrescenta valor e seria um repositório de lugares comuns. 

Há quinze ou dezasseis anos, talvez, recebi umas estagiárias recém-formadas, com vinte e poucos anos. Dei por mim a falar na revolução - não numa atitude ideológica, mas a contar o que foram esses tempos ao nível da idade que eu tinha. Quando dei por mim falava-lhes numa língua estranha, que a data não lhes dizia nada...

Onde estava eu no vinte e cinco de abril? A comprar cigarros às escondidas na mercearia da zona, que estávamos proibidos de sair de casa... 

Deixo-vos com José Campos e Sousa, um cantor que nunca por aqui passou. Se atentarem na letra perceberão porque me lembrei dele neste dia. Podia postar a Grândola? Poder podia, mas não seria a mesma coisa...

JdB 






1 comentário:

  1. Gosto imenso da voz...
    Como também gosto da música (melodia, sequência de notas musicais) do José Mário Branco. ;-D

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