Camões, Sá de Miranda e Frei Luís de Sousa
O curso procurará descrever os três autores referidos no que têm de próprio. A diferença poderá ser estabelecida face à tradição literária, aos géneros cultivados, no interior da obra de um mesmo autor, na rivalidade mais ou menos latente com outros autores, etc. A prática do exercício crítico determinará o que será tido em conta em cada caso, e os participantes tornar-se-ão, gradualmente, hábeis a ponderar as virtudes desta ou daquela interpretação. (Os participantes deverão levar um exemplar de Os Lusíadas para a primeira sessão do seminário.)
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913582. Tópicos de Teoria Literária (12ECTS, S1, 2ªf, 10:00-13:00, Miguel Tamen)
Aqui e ali
Ir a sítios foi sempre reconhecido como uma dificuldade e como um tópico por antropólogos e etnólogos. Também tem uma função em actividades como o turismo e as viagens, sem falar no romance e na filosofia. No seminário serão lidos por ordem não-cronológica quatro livros muito diferentes que ajudarão a refinar um vocabulário adequado à dificuldade do tópico: South, de Ernest Shackleton (1919); Tristes Tropiques, de Claude Lévi-Strauss (1955); A Time of Gifts, de Patrick Leigh Fermor (1977); e The Enigma of Arrival, de V. S. Naipaul (1987).
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913583. Tópicos de Teoria Literária (12ECTS, S1, 3ªf, 15:00-18:00, Fotini Hadjittofi)
O problema da ficção na antiguidade clássica
Ao expulsar os poetas e artistas da sua cidade ideal, terá Platão efectivamente criado o próprio conceito da ficção, mesmo no acto de a condenar? Estaria ele consciente de que se estava a expulsar a si próprio, como autor de diálogos aparentemente fictícios? Será que a sua profunda desconfiança perante a representação artística derivava da sua própria e peculiar visão do mundo, ou tinha precedentes e paralelos na cultura grega? Este seminário incidirá em primeiro lugar sobre as influentes teorias platónicas sobre a ficção (como falsidade e imitação) e, em segundo lugar, sobre as diversas maneiras em que autores posteriores reagiram, reformularam e até usaram essas ideias contra o próprio Platão.
JdB
ResponderEliminarAqui fico a acenar o lenço branco da despedida neste seu partir para mares que ficarão, para mim, sempre desconhecidos e misteriosos. Que Deus o guarde, porque nessas paragens já em nada lhe posso valer, nem sequer para partilhar a côdea da ignorância .