Sábado fui ao casamento de alguém que me é particularmente querido. Conhecemo-nos muito de volta dos tachos, prova evidente de que a gastronomia pode ser um forte gerador de empatia entre as pessoas. No caso concreto, estou certo, ajudou, não foi de todo determinante, porque até o crochet ou o modelismo bastariam.
(...)
Os noivos de sábado, mesmo havendo quem quisesse cortar as veias de neurose, arrojaram-se numa criatividade de se lhes tirar o chapéu. Apreciei a audácia - e aplaudi. Poucos foram os minutos que dancei, porque os costumes e a educação mandam que se guarde o início para a família mais próxima: este com aquela, depois aquela com o outro, e ainda aqueles dois. Mesmo assim arrastei comigo uma jovem que teimava em afirmar que não sabia dançar, o que era obviamente mentira, porque houve ligeireza suficiente e ninguém se queixou de pisões.
Deixo-vos, por isso, com a abertura do baile de sábado. Leonard Cohen, em Dance Me To The End of Love. Dança-se bem melhor do que o Danúbio Azul, digo-vos. E direi aos noivos, quando regressarem do sol nascente.
JdB
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