02 maio 2018

Duas Últimas

Por motivos que não vêm ao caso, tenho falado diariamente com um amigo que vive noutra ponta do mundo. Os sortilégios tecnológicos permitem que, a custo zero, nos falemos e vejamos com uma facilidade moderna. Não precisamos de recuar muitos anos para este cenário ser quase ficção científica: o tempo dos postais, das cartas manuscritas, das idas ao correio, da chegada do carteiro não são coisas de um passado muito antigo. 

Há uns bons dias, falávamos de colheita, a propósito de temas de saúde. Ele disse harvest, porque está num ambiente anglófono, ao que eu respondi: desde que não seja o Barclay James...  Do lado de lá fez-se um silêncio. Eu sei que o trocadilho não era fantástico, mas não supus que induzisse um mutismo confrangedor. Afinal, este meu amigo, musicalmente muito mais culto do que eu, sobretudo quando se fala de música pop, não reconhecia o conjunto Barclay James Harvest. Foi elucidado posteriormente pelo nosso amigo comum fq, um entendido nestas matérias que faz a fineza de me envergonhar. 

Deixo-vos com Barclay James Harvest, um conjunto que já veio a Portugal, parece-me, e com quem partilhei horas várias (a menos que a minha memória esteja muito má): eu e outros amigos a montar o palco e fazer uma espécie de vigilância activa, eles a cantarem e a beberem água do castelo com gelo e limão, talvez, porque esta gente é moderna mas as bebidas gaseificadas são sempre um must...

Child of the Universe, para a outra ponta do mundo onde se fala em harvest.  

JdB


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