05 março 2013

Duas Últimas


Apesar de as minhas ligações ao Alentejo serem escassas, trata-se de uma região do país de que gosto e que visito sempre com vontade renovada. Ainda há relativamente pouco tempo estive uns dias na zona de Évora, e dei por bem empregue o tempo aí passado.

Gosto das paisagens, da beleza das cidades e dos seus monumentos, da limpeza das aldeias, da gastronomia, das falas e cantares alentejanos, dos vagares das gentes, da cor da terra. Penso que foi Miguel Torga que afirmou que em Portugal há duas regiões com dimensão e grandeza: Trás-os-Montes e Alentejo. Concordo com ele, embora ache que o estuário do Tejo também merece essa distinção quase exclusiva.

A minha escolha musical de hoje vai pois para o Alentejo e para a viola campaniça, ou viola de Beja, instrumento típico do Baixo Alentejo que esteve quase desaparecido, substituído que foi nas festas, bailes, bailaricos e afins por modernices mais barulhentas.

O meu préstimo, por isso, a homens como o incontornável Pedro Mestre, natural da terra mineira de Castro Verde, que muito fizeram ao longo da última década, mais ano menos ano, para preservar, recuperar e divulgar, com êxito, esta magnifica viola de curvas bem pronunciadas e ousadas.

Espero que gostem!


fq




1 comentário:

  1. Só a sapiência e a cultura dos meus colegas bloguistas para me ensinar o que é a viola camapaniça e as suas curvas ousadas. Gostei - e confesso que não conhecia. Vamos embora, Alentejo!

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