17 julho 2008

Marés Cheias


Ponham-me sonhos a correr nas veias

Deixem-me navegar em fantasia

E as vinte e quatro horas do meu dia

serão sublimes como marés cheias!

Quero palpitante tudo aquilo que toco

Quero o que existe para lá do espelho

E quero tingir de azul e de ouro velho

as cores pardas dum mundo que não foco

Que eu feche os olhos e me leve o vento!

Que cada dia seja o meu primeiro!

Que eu saiba sempre fazer um veleiro

do banco de jardim onde me sento...


(AnaVidal, Seda e Aço, DG Edições)

4 comentários:

  1. Por esta não esperava, amigo... agora fiquei embatucada!
    Mas "obrigada" ainda consigo dizer.
    E "um beijo" também, claro.

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  2. Ena, se eu conseguisse escrever assim Poesia, por esta hora já tinha ganho o prémio Sophia! Que inveja.... E o meu Amigo, também rima? Penso que nunca lhe perguntei antes...

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  3. Ana V: é sempre um gosto publicar poesia sua. Engrandece este blogue.

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  4. Rita Ferro: Faço sextilhas muito facilmente. Mas não sou poeta, não tenho alma para esses voos.

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