Hoje é Domingo, e não esqueço a minha condição de Católico.
Há dois ou três dias que repousa na minha mente uma frase que li no Evangelho Quotidiano:
Há dois ou três dias que repousa na minha mente uma frase que li no Evangelho Quotidiano:
Que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua vida?
Não sou letrado suficiente para ter a veleidade da interpretação certa desta linha que, numa leitura mais desatenta, se perderia no meio de um Evangelho.
Poderíamos falar do ser e do ter, do que é imediato e do que é duradouro, da ligeireza versus o que é consistente, da intermitência e da constância.
Talvez as expressões mundo inteiro e vida tenham significados diferentes para pessoas diferentes. Haverá quem nisso veja vantagem, sinal da pluralidade de olhares distintos sobre um mesmo assunto. Estou convicto, no entanto, de que há uma verdade única por trás desta frase, que não se compadece com visões que pretendam afastar-nos da procura da rectidão – não aquela que obedece cegamente a preceitos, mas a que nos dá a sensação de (quase) plenitude. Ganhar a vida, talvez, para a dar pelo próximo, porque só quando prescindimos das coisas é que somos verdadeiramente donos delas.
A curto prazo, este desafio de um certo percurso proporciona maçada, seriedade indesejável, trabalho, desencanto, pouca ligeireza, desfasamento em relação ao que são as modas actuais.
A curto prazo, estou certo, não será mais do que isto...
Tive a sorte de querer e poder viajar a partir dos 16 ou 17 anos. Herdei o hábito por via paterna e desenvolvi-o, fruto de bilhetes de avião grátis, sacrifícios que geravam poupanças e, posteriormente, aproveitando deslocações profissionais.
Os destinos do meu encanto eram desenhados nas revistas da especialidade, nos programas televisivos relacionados com o tema, nas conversas com amigos igualmente viajantes. Percorri muitos países, mas, em frente a um sonho, fui a todo o mundo.
Gozadas as delícias da jornada, o meu desejo enchia-se do retorno a casa, mesmo que no vôo de regresso já planeasse a próxima saída. A chave que fecha ou abre a mesma porta tem, decididamente, encanto igual. Na minha mente – ou naquilo que em mim é mais emotivo - uma viagem só fica verdadeiramente completa quando se fecha o ciclo: partir, disfrutar, regressar. Na realidade, só quero ir porque quero voltar. E na alegria da chegada está, também, a antevisão de uma nova partida.
Não sou letrado suficiente para ter a veleidade da interpretação certa desta linha que, numa leitura mais desatenta, se perderia no meio de um Evangelho.
Poderíamos falar do ser e do ter, do que é imediato e do que é duradouro, da ligeireza versus o que é consistente, da intermitência e da constância.
Talvez as expressões mundo inteiro e vida tenham significados diferentes para pessoas diferentes. Haverá quem nisso veja vantagem, sinal da pluralidade de olhares distintos sobre um mesmo assunto. Estou convicto, no entanto, de que há uma verdade única por trás desta frase, que não se compadece com visões que pretendam afastar-nos da procura da rectidão – não aquela que obedece cegamente a preceitos, mas a que nos dá a sensação de (quase) plenitude. Ganhar a vida, talvez, para a dar pelo próximo, porque só quando prescindimos das coisas é que somos verdadeiramente donos delas.
A curto prazo, este desafio de um certo percurso proporciona maçada, seriedade indesejável, trabalho, desencanto, pouca ligeireza, desfasamento em relação ao que são as modas actuais.
A curto prazo, estou certo, não será mais do que isto...
Tive a sorte de querer e poder viajar a partir dos 16 ou 17 anos. Herdei o hábito por via paterna e desenvolvi-o, fruto de bilhetes de avião grátis, sacrifícios que geravam poupanças e, posteriormente, aproveitando deslocações profissionais.
Os destinos do meu encanto eram desenhados nas revistas da especialidade, nos programas televisivos relacionados com o tema, nas conversas com amigos igualmente viajantes. Percorri muitos países, mas, em frente a um sonho, fui a todo o mundo.
Gozadas as delícias da jornada, o meu desejo enchia-se do retorno a casa, mesmo que no vôo de regresso já planeasse a próxima saída. A chave que fecha ou abre a mesma porta tem, decididamente, encanto igual. Na minha mente – ou naquilo que em mim é mais emotivo - uma viagem só fica verdadeiramente completa quando se fecha o ciclo: partir, disfrutar, regressar. Na realidade, só quero ir porque quero voltar. E na alegria da chegada está, também, a antevisão de uma nova partida.
A vida é, de certa forma, algo semelhante, em que o terminar de um momento marca o início de um outro. Talvez por isso nem sempre seja decisivo de onde se parte e para onde se regressa. É o lado luminoso da caminhada.
Duas reflexões aparentemente desconexas, independentes uma da outra. Este blogue, não sendo de culto, não tem mais pretensão do que reflectir o que me vai na alma. Mesmo que seja uma aparente confusão.
Duas reflexões aparentemente desconexas, independentes uma da outra. Este blogue, não sendo de culto, não tem mais pretensão do que reflectir o que me vai na alma. Mesmo que seja uma aparente confusão.
Bom dia, Gaivota. Começo hoje o novo livro, agora sem fumar, e deixei de atender telefones. Recomecei o blogue, mas tudo foi repriorizado. Ambos viajamos e ambos escrevemos, não sei bem se nos antípodas. Que lhe parece?
ResponderEliminarBoa tarde já daqui, Canguru. Vidas saudáveis é o que se desejam. Neste momento não escrevo - redijo traduções, apenas. Não estou de férias, como save...
ResponderEliminarOlá, Fernão Capelo. Se uma caminhada não pode mudar o ponto de partida, muda com toda a certeza o de regresso. Ou, pelo menos, os olhos com que passamos a vê-lo. E é sempre um desafio voltar, mas a um sítio novo. Para outra partida e outra caminhada, sabe-se lá quando...
ResponderEliminarHá o ponto de partida, o ponto pérola, o ponto pé de flor, o ponto a pé, o ponto final.
ResponderEliminarBeijo zambabueano
Ora, nem mais... um ponto, é assim que gosto de ver Vexa!
ResponderEliminarBeijo sintrense
Esqueceu-se do ponto cruz porquê???
ResponderEliminarRacista..........
Beijo quase Açoreano
Olá cunhadito,
ResponderEliminarRica mansão, estás mto bem instalado!!
Que tal África???
Aguardo comunicação via skype...que nunca se encontra online
Bjs para ti e JdC
Hello, mtctc! So far so good. O skype é para já uma miragem, dadas as dificuldades tecnológicas de internet. Vamos ver se consigo resolver... Bj
ResponderEliminarObrigado por Blog intiresny
ResponderEliminar