Sou decididamente o produto de um período histórico marcado pela “luta”.
Da luta de classes, às jornadas de luta, da luta quotidiana das donas de casa para gerir o orçamento doméstico, às lutas de libertação, das lutas estudantis, ao conceito de que nada é possível ser alcançado sem luta, tudo à nossa volta é luta, luta e mais luta. É a luta dos professores contra a avaliação, é a luta do Governo para cumprir o deficit, é a entrega dos desportistas à luta, é o ter que ir à luta para conseguir um emprego. Até chegou a haver em Portugal um jornal chamado “A Luta”.
A luta como conceito ideológico sucedeu à guerra. Esta mais imperial, mais antigo regime, aquela mais democrática, mais popular. Os colonizadores faziam a guerra, os colonizados resistiam pela luta. A guerra era dos patrões, a luta dos trabalhadores.
A luta não se opõe, contudo, à guerra, como defende alguma ideologia contemporânea. Com outra roupagem, é exactamente o mesmo método conflituoso e violento de prosseguir objectivos. Como a guerra, a luta diz-se corajosa, altruísta e até romântica. Como a guerra, é moralmente justificável e eticamente desejável. Quem a recusa é cobarde, quem a abraça é herói.
A luta opõe-se sim a outros métodos de convivência social, como a tolerância, a negociação e os consensos. A luta opõe-se à misericórdia cristã, à harmonia oriental e ao respeito africano. É o substrato de uma sociedade de dominadores e de dominados, de exploradores e de explorados, de cidadãos e de excluídos. E, ao contrário da guerra, a luta não tem um período de defeso. Para ser eficaz, tem que ser contínua e permanente.
Poder-se-á argumentar que a luta faz parte da nossa natureza de Seres imperfeitos. Que não dispomos, além disso, de alternativas para reagir à injustiça, à opressão e à agressão. Será. Mas a verdade é que uma sociedade é tanto mais civilizada quanto tenha conseguido criar as condições para que a luta não seja necessária. A busca da perfeição e a procura do bem comum são tarefas suficientemente elevadas e exigentes para ocupar uma vida empenhada. Sem lutas.
Sou decididamente um filho da luta. Mas não me orgulho dessa maternidade.
J. Buggs
Da luta de classes, às jornadas de luta, da luta quotidiana das donas de casa para gerir o orçamento doméstico, às lutas de libertação, das lutas estudantis, ao conceito de que nada é possível ser alcançado sem luta, tudo à nossa volta é luta, luta e mais luta. É a luta dos professores contra a avaliação, é a luta do Governo para cumprir o deficit, é a entrega dos desportistas à luta, é o ter que ir à luta para conseguir um emprego. Até chegou a haver em Portugal um jornal chamado “A Luta”.
A luta como conceito ideológico sucedeu à guerra. Esta mais imperial, mais antigo regime, aquela mais democrática, mais popular. Os colonizadores faziam a guerra, os colonizados resistiam pela luta. A guerra era dos patrões, a luta dos trabalhadores.
A luta não se opõe, contudo, à guerra, como defende alguma ideologia contemporânea. Com outra roupagem, é exactamente o mesmo método conflituoso e violento de prosseguir objectivos. Como a guerra, a luta diz-se corajosa, altruísta e até romântica. Como a guerra, é moralmente justificável e eticamente desejável. Quem a recusa é cobarde, quem a abraça é herói.
A luta opõe-se sim a outros métodos de convivência social, como a tolerância, a negociação e os consensos. A luta opõe-se à misericórdia cristã, à harmonia oriental e ao respeito africano. É o substrato de uma sociedade de dominadores e de dominados, de exploradores e de explorados, de cidadãos e de excluídos. E, ao contrário da guerra, a luta não tem um período de defeso. Para ser eficaz, tem que ser contínua e permanente.
Poder-se-á argumentar que a luta faz parte da nossa natureza de Seres imperfeitos. Que não dispomos, além disso, de alternativas para reagir à injustiça, à opressão e à agressão. Será. Mas a verdade é que uma sociedade é tanto mais civilizada quanto tenha conseguido criar as condições para que a luta não seja necessária. A busca da perfeição e a procura do bem comum são tarefas suficientemente elevadas e exigentes para ocupar uma vida empenhada. Sem lutas.
Sou decididamente um filho da luta. Mas não me orgulho dessa maternidade.
J. Buggs
Excelente texto Sr. Buggs, excelente reflexão.
ResponderEliminar"A busca da perfeição e a procura do bem comum são tarefas suficientemente elevadas e exigentes para ocupar uma vida empenhada. Sem lutas."
pacifica ou cobardemente (depende do ponto de vista do guerreiro ) do lado daqui, saudações amigáveis para o lado daí
Noutro registo, a busca da perfeição exige ao Homem uma permanente luta interior, feita de avanços e recuos, de vitórias e derrotas.
ResponderEliminarGrande abraço deste seu leitor atento.
fq
Tem toda a razão, Mr. Buggs. Até nas relações amorosas nos habituaram a valorizar só quem nos "dá luta". Como se uma entrega não fosse muito mais do que uma rendição...
ResponderEliminarGostei de lê-lo.
Eu quero compartilhar meu testemunho sobre como eu comecei meu cartão do BLANK ATM que mudaram minha vida hoje. Eu estava vivendo na rua onde as coisas eram tão difíceis para mim, até mesmo para pagar minhas contas era muito difícil para mim eu tenho que estacionar do meu apartamento e começar a dormir na rua em Las Vegas. Eu tentei tudo que eu poderia fazer para conseguir um emprego, mas foi tudo em vão porque eu estava no lado negro da América. Então eu decidi procurar através do meu telefone para trabalhos on-line onde eu tenho um anúncio sobre hackers anunciando um cartão de ATM em branco que pode ser usado para cortar qualquer ATM em todo o mundo, eu nunca pensei que isso poderia ser real porque a maior parte do anúncio na internet É baseado em fraude, então eu decidi dar-lhe uma tentativa e olhar para onde ele vai me levar se ele pode mudar minha vida para sempre. Eu entrei em contato com esses hackers e eles me disseram que eles são da Nigéria e também têm filial em todo o mundo que eles usam no desenvolvimento ATM, isso é real e não é uma farsa para me ajudar. Para cortar o conto desses homens que eram geeks e também especialistas em reparos ATM, programação e execução, fui ensinado várias dicas e truques sobre entrar em um caixa eletrônico com um cartão de ATM em branco. Eu pedi o cartão de caixa eletrônico em branco e foi entregue a mim em 3 dias e eu fiz como me foi dito e hoje a minha vida tem mudar de um caminhante de rua para minha casa, existem máquinas ATM este ATM em branco pode penetrar porque ter programado com Várias ferramentas e software antes de serem enviados. Minha vida realmente mudou e eu quero compartilhar isso com o mundo, eu sei que isso é ilegal, mas também uma maneira inteligente de viver Grande porque o governo não pode nos ajudar, então temos que ajudar a nós mesmos. Se você também quiser este ATM BLANK CARD quero que você entre em contato com Mr.Oscar através de seu e-mail oscarwhitehackersworld@gmail.com
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