30 maio 2009

Incentivo à Criação Literária: O workshop dos worshops

Aqui atrasado, que parece que foi ontem, dei comigo a inscrever-me numas aulas, desculpem, workshop, porque a “mentora do projecto” me suscitava curiosidade. Eu tinha lido um rol de cartas que a Senhora publicara, ainda frescas na minha memória, sabia-a vagamente e lá fui despistar as minhas conjecturas. O tema contrariava o clássico e tão técnico-profissional “Escrita Criativa”, que sempre me arredava e lá ingressei numa quinzena de aulas, agendadas ao fim dos dias, com mais uma dezena de colegas. Em substância, aquele tempo foi passado entre palheta avulsa, a leitura de uns quantos textos maravilhosos, a que a senhora dava voz ainda mais maravilhosamente, e a realização de uns TPC que aferiam talentos. Desses dias que acabaram por unir essas pessoas até hoje, guardei a sua opinião escrita sobre esses discípulos que um dia resolveu revelar. É o que vos deixo hoje amigos, na parte que me toca, não pela vaidade, mas pelo conteúdo, onde pesa a graça da sua prosa, a sabedoria da sua alma e a bondade do seu coração.

E, finalmente, tu DaLhegas... O maior paradoxo que temos entre nós, só coração, só evolução, só revolução, a perversa-sã, a simples-complexa, a básica-altiva, a sempre-noiva e a sempre-jovem, a sempre aluna e a sempre sábia, que é feito de ti, com essa linguagem juvenil e liceal, mas antiga, arquetípica, ancestral, escondendo e arrastando consigo todos os séculos e todos os anátemas, todas as bíblias e todos os alcorões, todos os fados e maldições, todos os antídotos e milagres e remédios do Mundo... tu! Que esperas para nos ensinar a força da tua ironia e a fraqueza do teu coração, essa simbiose que arriscas sem pensar no jogo de vida e de morte que diariamente jogas contra o mundo e contra ti e que, surpreendentemente, vais ganhando sempre, e cedo ganhando o Paraíso aqui, o Paraíso aqui, o Paraíso aqui, merecendo-o como ninguém, conquistando-o como ninguém, por todas as lágrimas que choraste, por todas as dores que arriscaste - por que não escreves TU???? ESTÚPIDA, IRREMEDIAVELMENTE ESTÚPIDA! QUASE, DIR-SE-IA, PARA NÃO ME FICARES ATRÁS...

Quem a conhece não diga. Quem não conhece, atire. De que escriba portuguesa saiu esse julgamento sumário?

DaLheGas

8 comentários:

  1. Essa estúpida tem destas coisas. Carregada de razão a seu respeito, toneladas de vida e de ensinamentos para nos oferecer, é a melhor amiga do mundo!

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  2. LOL... RF? FR? Essa estúpida? eheheh

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  3. E tinha toda a razão, como se tem visto nas prosas soberbas que aqui nos atiras. Ainda bem que desemborraste a escrever, ESTÚPIDA! :-)

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  4. DaLhe, inibo-me de lhe chamar estupida porque (ainda :-) não tenho confiança consigo para isso. Mas atrevo-me a chamar-lhe idiota porque, sendo, em parte, sinónimo de estúpida, revela alguém cheio de ideias, ideias estupidamente atrevidas, ricas em conteúdo e em forma, sobejamente dignas de serem escritas e transcritas. Não é segredo para ninguém, pois já aqui o disse, que sou sua fã incondicional. Agora, essa sua Prof. (RF ou não !!) foi visionária e ao mesmo tempo cirúrgica na avaliação que faz de si. Adorei, especialmente, a referência a "o maior paradoxo que temos entre nós". Continue pois a paradoxar-nos pois o seu paradoxo tem graça...

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  5. Maf não se iniba. e acredita que eu nem sabia o significado de "paradoxo"? tinha que vir a sapiência do Incentivo à lálálá... obrigar-me a ir ao dicionário. E há outra que a Prof. já me imputou umas vezes, mas essa ainda não tive coragem de investigar. É anátema e cheira-me a esturro. E não quero resolver anátemas agora que vem o verão.

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  6. Pedindo desculpa pelo plágio, faço minhas as palavras da "ana v."

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