se é obra tua,
que assim seja.
publica-a onde o vento a leve.
não sejas lenta nem rápida,
não sejas longa nem breve.
deixa-te fielmente acontecer.
despede-te, depois, de ti,
renasce outra vez,
com palavras fortes e cheias
feitas de marés e luas mansas.
e de tudo o mais que em ti falta,
e de tudo o mais que de ti sobeja.
volta atrás,
despe-te agora do artifício,
reiventa o deserto em cores impossíveis,
e simples.
faz o milagre acontecer em tua casa.
sê árvore, ave, gota, filamento.
levanta de ti mesmo vôo.
faz deste lugar a hora suprema,
agarra com limpidez, ternura e febre
este outro tu - puro e sedento -
escuta o tempo e o que ele te diz:
é este, para sempre, rapariga,
o teu único e verdadeiro momento.
gi
Sou mesmo sua fã, gi. que coisa bonita e forte... obrigada. pcp
ResponderEliminarlindissimo, Gi :-)
ResponderEliminarZesuszesus homem, que belo... poema? prosa? :)
ResponderEliminarobrigado, minhas mui estimadas senhoras.
ResponderEliminarpoesia?
apenas vida. ou como eu a sinto.
prosia, talvez.
as flores do
gi.