11 setembro 2011

Domingo, Se Fores à Missa!


Foi  hoje, mas há 10 anos, em Nova Iorque, quem não se lembra????  Aquelas imagens chocaram o mundo inteiro, revoltaram corações, indignaram almas, destruíram vidas.  Logo hoje, o Evangelho fala-nos de perdão e compaixão. Parece um contra-senso. Como é possível alguém perdoar um acto horrendo como aquele?  Que compaixão se poderá ter por um assassino da pior espécie, que mata impiedosamente? 
Perdoar é relevar, é esquecer, é aceitar o outro, apesar dos seus actos. Mas não deveria o acto de perdoar estar associado ao acto do arrependimento?  Ou seja, de que serve o meu perdão se o outro não mostrar arrependimento?  Será que o perdão, como acto unilateral, contribui para a consciência colectiva, para o bem universal, independentemente do outro querer, ou não, esse perdão?
Ou será que o perdão só tem o seu sentido pleno quando o “perdoado” toma consciência do acto?  A maioria das passagens do Evangelho que relatam cenas de Jesus a perdoar, salvo erro, quase todas elas descrevem alguém que se aproxima de Jesus, com humildade ou com grande fé, pedindo-lhe perdão. 
Então, como é possível perdoarmos este tipo de pessoas, como as que estiveram envolvidas no “Nine Eleven” e em outros actos semelhantes? O perdão de que Jesus nos fala acontece no nosso coração;  é um acto de amor voluntário; é a nossa própria predisposição, como católicos, para  não condenar, não julgar e não virar as costas.  A sociedade encarrega-se de punir o acto, em si,  aplicando uma pena proporcional à gravidade do mesmo e essa punição deve existir; mas o perdão, o verdadeiro perdão, está para lá da pena. O verdadeiro  perdão acontece quando conseguimos rezar por e pedir a salvação de todos esses “pecadores” (coloco aspas para que a palavra se leia em sentido figurado... não gosto nada da palavra pecador, tal como ela é usada no catecismo !) O verdadeiro perdão é quando Jesus diz ”Pai, perdoai-os porque não sabem o que fazem”

Domingo, Se Fores à Missa ……  Perdoa !

Maf

Evangelho segundo S. Mateus 18,21-35. 
Naquele tempo, Pedro aproximou-se de Jesus e perguntou-Lhe: «Senhor, se o meu irmão me ofender, quantas vezes lhe deverei perdoar? Até sete vezes?»  Jesus respondeu: «Não te digo até sete vezes, mas até setenta vezes sete.  Por isso, o Reino do Céu é comparável a um rei que quis ajustar contas com os seus servos.  Logo ao princípio, trouxeram-lhe um que lhe devia dez mil talentos.  Não tendo com que pagar, o senhor ordenou que fosse vendido com a mulher, os filhos e todos os seus bens, a fim de pagar a dívida.  O servo lançou-se, então, aos seus pés, dizendo: 'Concede-me um prazo e tudo te pagarei.’  Levado pela compaixão, o senhor daquele servo mandou-o em liberdade e perdoou-lhe a dívida.  Ao sair, o servo encontrou um dos seus companheiros que lhe devia cem denários. Segurando-o, apertou-lhe o pescoço e sufocava-o, dizendo: 'Paga o que me deves!’  O seu companheiro caiu a seus pés, suplicando: 'Concede-me um prazo que eu te pagarei.’  Mas ele não concordou e mandou-o prender, até que pagasse tudo quanto lhe devia.  Ao verem o que tinha acontecido, os outros companheiros, contristados, foram contá-lo ao seu senhor.  O senhor mandou-o, então, chamar e disse-lhe: 'Servo mau, perdoei-te tudo o que me devias, porque assim mo suplicaste;  não devias também ter piedade do teu companheiro, como eu tive de ti?’  E o senhor, indignado, entregou-o aos verdugos até que pagasse tudo o que devia.  Assim procederá convosco meu Pai celeste, se cada um de vós não perdoar ao seu irmão do íntimo do coração.»

2 comentários:

  1. Não me esqueço que os americanos com duas bombas mataram cêrca de 400 mil pessoas no Japão.
    Não me esqueço do Afeganistão, do Iraque, de Guantanamo, etc.
    SdB(1)

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  2. Claro, e com a guerra mais q ganha.
    Mais 300 mil em Dresden, tb em 1945.
    fq

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