Um pouco no seguimento do que escrevi, há 15 dias, sobre o arrependimento, o
Evangelho de hoje vem dizer-nos que as portas estão abertas a todos aqueles que, em sinceridade e
com o coração, se voltarem para Deus, pois Deus recebe com alegria todo aquele que se arrepende. Mesmo aquele que só se arrependa na hora da
morte, Deus o receberá com alegria. Essa é a medida do amor de Deus. Uma medida
que não encaixa nos nossos parâmetros. Uma medida que está muito para além da
nossa compreensão. Para nós, o sentido de justiça funciona na velha ideia do olho por olho, dente por dente. Se fui
melhor filho, deveria herdar mais. Se rezei mais Pai-Nossos, deveria chegar ao
céu mais depressa. Mas a medida do Amor de Deus não é mensurável segundo os
nossos padrões. Deus ama-nos,
individualmente, a cada um de nós, com a mesma intensidade e com a mesma
misericórdia. O momento do arrependimento é o momento em que nos deixamos amar
por Deus. Imaginem um feixe de luz, constante, que vem na nossa direcção; e
imaginem que esse feixe de luz depara com uma porta de chumbo que insistimos em manter fechada, e por isso não nos atinge.
O facto de não vermos a luz não quer dizer que ela não esteja lá. Basta
abrirmos a porta e a luz irradiará por ela adentro. O momento do arrependimento
equivale ao momento em que abro a porta e deixo a luz entrar.
Quem, de entre nós, não praticou já algum acto, do
qual se tenha arrependido depois? Quantas vezes a nossa consciência fez
“knock-knock” perante uma situação, uma omissão ou uma acção? Esse
“knock-knock” deveria levar-nos ao arrependimento e o arrependimento deveria
levar-nos à correcção da situação... Tal como o primeiro filho, que começou por
recusar o trabalho na vinha mas acabou por ir.
Tentemos, nós também, praticar o arrependimento no
nosso dia-a-dia. E, se a situação não permitir a sua correcção por meio de
acções, pelo menos façamo-lo por palavras.
Domingo Se Fores à Missa ........... Pratica o
Arrependimento !
Maf
Evangelho segundo S. Mateus 21, 28-32.
Que vos parece? Um homem tinha dois filhos. Dirigindo-se ao primeiro,
disse-lhe: 'Filho, vai hoje trabalhar na vinha.’
Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi.
Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus.
João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»
Mas ele respondeu: 'Não quero.’ Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi.
Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu: 'Vou sim, senhor.’ Mas não foi.
Qual dos dois fez a vontade ao pai?» Responderam eles: «O primeiro.» Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo: Os cobradores de impostos e as meretrizes vão preceder vos no Reino de Deus.
João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele; mas os cobradores de impostos e as meretrizes acreditaram nele. E vós, nem depois de verdes isto, vos arrependestes para acreditar nele.»
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