O Evangelho de
hoje fala-nos de casamento e adultério. Temas “quentes” da nossa sociedade e
dos nossos tempos.
Penso que seja
pacífico para todos nós, católicos ou não, que o adultério não é correcto, não
devia acontecer; se, de facto, existe amor entre duas pessoas, não deveria
haver espaço emocional mas que acontecesse adultério; mas o facto é que ele
acontece todos os dias e, muitas vezes, em casais que, à priori, nunca
pensaríamos tal ser possível.
Há quem faça
disso o seu ‘modus vivendus’, praticando adultério a seu bel-prazer; há quem o
faça ocasionalmente, quando surge uma oportunidade; poderão outros cometê-lo,
pontualmente, numa situação de fragilidade; outros, por uma questão de
vingança; e outros por qualquer outra razão que o coração desconhece; mas também há quem nunca o faça, apesar de ter tido a oportunidade, a situação de
fragilidade ou a vontade da vingança. Poderíamos
pensar que se trata de uma injustiça
divina? O que move uma pessoa a resistir à tentação do adultério e outra a
cair nela? A sua formação moral? O meio onde vive? A sua própria
personalidade? Considero o adultério, mais do que um acto social e moralmente
condenável, um acto de desamor para com o/a parceiro/a [não me soa nada bem
esta expressão, mas mudam-se os tempos, mudam-se as expressões … marido,
companheiro, parceiro… ].
A fidelidade
continua a ser a base mais sólida para o sucesso de um casamento; sem
fidelidade, não há estabilidade, confiança, respeito, segurança, alicerçamento.
A fidelidade é, ao mesmo tempo, causa e
consequência do amor e do respeito pelo outro. A fidelidade, ou melhor, a falta
dela é o primeiro sintoma de um diagnóstico que não se prevê nada bom.
Nunca entendi
muito bem a razão pela qual, antigamente, era normal e aceitável os homens
cometerem adultério ao longo de todo o casamento; hoje em dia, na nossa sociedade, já não se
pode dizer que seja normal ou aceitável, mas é, ainda, ‘desculpável’.
Volto a
repetir, infidelidade é desamor e
desrespeito pelo outro… não pode haver desculpas. Se o casamento, enquanto
vivência amorosa e emocional, de facto, acabou e nada mais resta senão a
evidência da infidelidade, então, meus amigos, é preferível ir cada um para o
seu lado. Pode doer, podemos ser condenados pela Igreja e muitas vezes pela
própria sociedade, podemos sofrer, podemos passar tempos muito difíceis, mas nada
comparado à humilhação e à violência de uma alma emocionalmente traída.
Domingo, Se
Fores à Missa ……. Ama !
Maf
Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Marcos
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus para O porem à prova e perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Naquele tempo, aproximaram-se de Jesus uns fariseus para O porem à prova e perguntaram-Lhe: «Pode um homem repudiar a sua mulher?».
Jesus disse-lhes: «Que vos ordenou Moisés?».
Eles responderam:
«Moisés permitiu que se passasse um certificado de divórcio para se repudiar a
mulher».
Jesus disse-lhes: «Foi por causa da dureza do vosso coração
que ele vos deixou essa lei.
Mas, no princípio da criação, ‘Deus fê-los homem e mulher.
Por isso, o homem deixará pai e mãe para se unir à sua esposa, e os dois serão
uma só carne’. Deste modo, já não são dois, mas uma só carne.
Portanto, não separe o homem o que Deus uniu».
Em casa, os discípulos interrogaram-n’O de novo sobre este
assunto. Jesus disse-lhes então: «Quem repudiar a sua mulher e casar com outra,
comete adultério contra a primeira. E se a mulher repudiar o seu marido e casar
com outro, comete adultério».
Palavra da salvação
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