04 agosto 2014

Vai um gin do Peter’s?

Seguindo a lógica dos gins de Junho, de descoberta de edifícios cheios de história que poucos conhecem, o post de hoje ainda passa por Lisboa, antes de avançar para uma visita-relâmpago a todo o país. E abre com um monumento espantoso da colina (diria) mais estratégica da capital, onde fica o Príncipe Real, S.Roque, o Chiado e todo o Bairro Alto:

CONVENTO DE S.PEDRO DE ALCÂNTARA – a dar para o miradouro homónimo (visitável mediante marcação, embora em restauro; previsto vir a ter áreas abertas ao público)



Em plena Guerra da Restauração, para nos libertarmos dos Filipes, fez-se a promessa de edificar um convento consagrado a S.Pedro de Alcântara, se os portugueses vencessem a Batalha de Montes Claros. Com a vitória, veio a fundar-se o prometido convento, em 1672, ligado à ordem dos Franciscanos. Em 1833, com o Decreto de 31 de Dezembro enquadrado na política de erradicação progressiva das Ordens Religiosas em Portugal, o convento foi secularizado e colocado sob a alçada da Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, que aí instalou um recolhimento de órfãs.

Actualmente, decorrem obras de remodelação deste exemplar de arquitectura religiosa maneirista, barroca e neoclássica, prevendo-se que a igreja seja aberta ao culto público, além de tornar acessíveis vários dos espaços de maior valor patrimonial, entre a Capela-mor, os claustros ou a Capela dos Lencastre, mandada construir pelo Arcebispo D.Veríssimo de Lencastre.  

Lisboa, por junto, é apaixonante e fácil de se explicar porquê a qualquer estrangeiro com bom gosto. As imagens dizem muito:


A selecção de esplanadas feita pela Lisbon Lux resulta num convite imperdível a fins-de-tarde e refeições simples, ao ar livre, com sabor a férias. Ideal para desintoxicar do stress do trabalho:

www.lisbonlux.com/magazine/esplanadas-em-lisboa.html

Em aperitivo ao próximo gin, que lembrará monumentos menos conhecidos do Portugal profundo, a prestigiada revista de turismo e aventura «Géo»(1) publicou um número especial em Julho, dedicado ao nosso país, para convidar o leitor a «mergulhar numa nação que vive com o mar». Seguindo o litoral, destaca o Porto, Lisboa, a Costa Vicentina e o Algarve, com fotografias fabulosas, reveladoras de um povo onde o azul é muito mais do que uma cor. É mesmo o horizonte da portugalidade, por excelência:


Um país marítimo – cujo contorno do Atlântico se funde no céu turquesa e luminoso que envolve Portugal, sem se distinguir bem onde acaba o mar e começa a abóbada celeste – merece ser redescoberto. Até por isso, as férias vêm mesmo a calhar.

Maria Zarco

(a  preparar o próximo gin tónico, para daqui a 2 semanas)

(1) 

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