Na lógica dos gins de
Junho sobre locais menos conhecidos de Lisboa, o post de hoje avança para
outros locais fantásticos, de Norte a Sul do país, pois Portugal não é só a
capital. Palacetes, sanatórios e termas à venda no continente e nas ilhas são vestígios
pouco conhecidos de uma arquitectura de outras eras, que enriquecem o
património nacional. Além de precisarem de novo proprietário, têm em comum a necessidade
urgente de obras de restauro, sob pena de se evaporarem da memória histórica
nacional. Pela sua extensão, vão repartidos por vários gins:
TERMAS ÁGUAS RADIUM/ HOTEL SERRA DA PENA – Sabugal
Recuando ao século
passado, reza a lenda que, neste lugar, o conde espanhol don Rodrigo terá
curado a filha de uma grave doença de pele, com o recurso às águas radioactivas
da região, entusiasmando-se depois a construir um hotel termal para benefício
de outros doentes.
TERMAS DOS CUCOS – Torres Vedras
A menos de 1 Km da
cidade, ficam as TERMAS DOS CUCOS, estrategicamente localizadas a uma altitude
de 33m, entre pequenas colinas cobertas de matagais, com um microclima
temperado quente e seco. Muito saudável. O nome evoca a tradição de
ali cantar o 1º cuco.
As lamas medicinais dos Cucos são especialmente indicadas
para o tratamento do reumatismo e também de outras afecções e dermatoses.
Embora por fora, os edifícios e o jardim estejam arranjados, no interior há
sinais visíveis de abandono, desde que as termas fecharam, em 1998. Só o parque
ainda se mantém aberto ao público.
SANATÓRIOS – Caramulo
Na Serra do Caramulo e
por mérito do médico Jerónimo de Lacerda foi edificada a Vila Sanatorial, com
19 sanatórios para tratar da tuberculose. A posterior erradicação da doença
votou ao abandono a maioria dos edifícios. Um deles, o Sanatório Sousa Martins,
foi o primeiro instituído pela Assistência Nacional aos Tuberculosos (rainha D.
Amélia), tendo sido inaugurado pelo rei D. Carlos I, em 1907.
Em Janeiro de 2014, o
conjunto foi classificado como de
interesse público, na expectativa de conter a degradação do complexo.
PALÁCIO FONTE DA PIPA – em Loulé
Reza a lenda que o
palácio algarvio está assombrado. Mandado construir para receber o rei
D.Carlos, começou por ser baptizado de Quinta da Esperança, embora tenha ficado
conhecido por Fonte da Pipa dada a fonte com o mesmo nome, que existia no
local.
CASA DA PRAÇA – Paços de Ferreira
A Casa da Praça, na freguesia
de Frazão, data do séc. XVIII. Considerada uma das mais belas casas solarengas
do concelho de Paços de Ferreira, pertenceu à família Alves Barbosa e é
lembrança (em ruínas) das tradições fidalgas da região.
QUINTA DO MONTADO OU QUINTA DE MARQUES GOMES – Canidelo
Autoria: João Almeida em www.panoramio.com
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O proprietário, Manuel
Marques Gomes, Natural de Canidelo, tornou-se benemérito de várias instituições
da sua região de origem, em Canidelo.
Actualmente, encontra-se
em adiantado estado de abandono.
CONVENTO DE SEIÇA – Figueira da Foz
Mandado edificar por D.
Afonso Henriques, em 1175, em louvor à Virgem Maria devido a um milagre
recebido junto da capelinha de Nossa Senhora de Seiça, o rei morreu antes de ver
finalizada a construção do convento.
No início do séc. XX, foi
transformado em unidade industrial. Entretanto, o encerramento daquela unidade
fabril votou-o ao abandono.
No próximo gin,
continuará a viagem do Minho ao Algarve, passando pelos arquipélagos
atlânticos.
Maria Zarco
(a preparar o próximo gin tónico,
para daqui a 2 semanas)
Bons posts, Maria Zarco. Fico a aguardar com curiosidade outros pontos do Minho, onde estive agora numa pequena ronda.
ResponderEliminarO Palácio da Fonte da Pipa (Loulé) não é mal-assombrado. Há muitos anos que investigo o paranormal, posso dizer que dos casos que estudei, juntamente com outras pessoas, apenas encontrei 2 lugares no Algarve que podemos dizer são mal-assombrados, e curiosamente não figuram em nenhuma lista. Um é uma casa particular, que está â venda num banco, pela segunda vez. Outra vai abrir como hotel. A história de fantasmas do Palácio da Fonte da Pipa surgiu há uns anos para demover os estudantes das suas incursões. A maior assombração deste palácio é ter elevado potencial turístico (construção, jardins) que a autarquia não aproveita e quem tem dinheiro para investir deixa aquela jóia perder brilho
ResponderEliminarObrigada pelo esclarecimento, com pena que o palácio e jardins continuem ao abandono. Sobre a fama de estar assombrado deverá ter toda a razão. Obrigada pelo seu post, Maria Zarco
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