02 outubro 2016

Viagens dos dias que correm

Estive três dias no Gerês, onde visitei várias localidades que tinha previsto visitar e outras que surgiram no improviso do meio dia seguinte. Um dos destinos era Pitões das Júnias,  uma freguesia do concelho de Montalegre e onde, segundo dados de 2011, moravam 161 almas. A bem dizer, o principal destino da viagem era, de facto Pitões das Júnias, por motivos que não sei bem explicar: talvez fosse o facto de um irmão meu ter lá estado há mais de 30 anos, talvez fosse uma ideia que me bailava inconscientemente no cérebro, fruto de uma conversa, de uma revista, de um artigo... Nas revistas talvez visse a imagem abaixo (tirada da internet) - uma aldeia perdida no tempo, onde 160 pessoas (velhos, sobretudo) viveriam de uma agricultura de subsistência em casas inalteradas de há gerações para cá:


A desilusão foi grande. A viagem de S. Bento da Porta Porta (hotel e santuário com o mesmo nome) até Pitões das Júnias faz-se por uma estrada bonita. As montanhas são agrestes, nuas, de pedra; a vegetação é escassa, rasteira, feita de tojo e de pouco mais, que a terra não é convidativa nem fértil. Chega-se ao destino e deparamo-nos com isto:



O que se vê? Alumínios, plástico, sujidade, pouco cuidado na manutenção de uma traça original que não elimine confortos mínimos (como encontrei em Sortelha). Dizem que é da falta de dinheiro, dos emigrantes, disto ou daquilo. Talvez seja do presidente da Junta que tem outras prioridades... 

Não deixem de ir ao Gerês, mas questiono-me se recomendaria Pitões das Júnias dado que vimos outras localidades bem mais bonitas, de que falarei um dia destes.

JdB

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