Sou o mais velho de sete irmãos.
João, o segundo na escala etária, sempre foi arrojado e intrépido, usando a preceito a destreza física que Deus lhe deu. Jogou rugby, foi forcado em Alcochete, fez o curso dos "Comandos" como voluntário. Não provocava mas também não se temia. Lembro-me por exemplo de certa vez, na Figueira da Foz, em que me safou com grande valentia e decisão de uma situação que, do outro modo, podia ter acabado bem mal.
Os seus dois filhos homens seguiram-lhe as pisadas, nos feitios, nas pegas de caras, na rectidão dos caracteres.
Fernando, o mais novo, morreu no passado dia 16, na sequência de lesões sofridas a pegar um touro nas festas da Moita. Aqui lhe presto a minha sentida homenagem.
Teve uma vida breve mas muito enriquecedora. Para a sua família, para os seus amigos, para os que o conheceram, para si próprio. Agradeço o tempo que tive com ele, relembro com nitidez a ocasião em que jantou sozinho em nossa casa para uma conversa aberta e descontraída, registo o jeito e paciência que tinha para com as crianças e a forma entusiástica como era retribuído, tento resistir à tentação da tristeza que o seu desaparecimento inevitavelmente em todos provoca.
Era homem de fé profunda, vivificada na confissão frequente e na comunhão diária. Que Deus o tenha bem perto de Si.
Falando com o seu irmão Joaquim Pedro sobre as preferências musicais do Fernando, referiu-me os Abba, e particularmente a música deles com o seu nome. Aqui pois a trago.
fq
Grande texto, em que as mãos que o escreveram foram comandadas pelo coração, não pelo cérebro. E ainda bem! Lá no Céu, onde está, aposto que o teu sobrinho está a cantarolar a música, elevando a voz para cantar este verso: every hour every minute seemed to last eternally. Porque foi assim que ele viveu, segundo vou lendo.
ResponderEliminarAbraço,
Obrigado, meu caro amigo.
ResponderEliminarUm abraço,
fq