TOP-TWELVE DAS TAPEÇARIAS PORTUGUESAS
Na continuação do “gin” anterior (13 de Setembro), com as 10 tapeçarias mais bonitas da arte ocidental numa selecção inspirada na do crítico de arte nova-iorquino Jason Farago, é chegada a hora do património têxtil nacional.
Felizmente, Portugal possui tal quantidade de obras lindas, que a amostragem esticou até às 12 peças. Entre as fabricadas no país e as adquiridas às melhores oficinas estrangeiras, resultaria redutor ficarmo-nos pela dezena. Esta síntese começa por homenagear as tapeçarias de Pastrana, que já tinham inaugurado o elenco postado no “gin” anterior.
Excepções à parte (Pastrana, gobelins), a escolha privilegia o fabrico nacional e os desenhos dos pintores portugueses:
«Portugueses na Índia», a exibir o cortejo de girafas, zebras e músicos. No Museu do Caramulo, possuidor do maior número de tapeçarias da série «À maneira de Portugal e da Índia». |
Tapeçaria do acervo da CGD. |
Debuxo do pintor Jean Restout, 1739. Palácio Nacional de Sintra, desde 1939. Gobelin manufacturado na oficina francesa de Cozette, em lã e seda (420cmx560 cm).
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Os espantosos «Arraiolos».
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Tapeçaria com desenho de Jaime Martins Barata (1962), no Domus Iustitiae do Funchal. |
«João das Regras e a revivescência do Direito», de Amândio Silva (1971). Exposta no Palácio da Justiça de Lisboa, na antiga sala de audiências da 4.ª Vara Cível. |
Nenhuma selecção seria concebível sem os arraiolos nos desenhos de Grão Vasco; ou as peças confeccionadas nos ateliers de Portalegre, por exemplo; ou as encomendas portuguesas ao Extremo Oriente beneficiando das parcerias comerciais privilegiadas; ou as aquisições às melhores oficinas flamengas; ou a profusão de colchas lindas (de Viana, etc.) depois elevadas à decoração mural; ou … De facto, um rol mais rigoroso obrigaria a maior extensão, tal a variedade do património artístico português, neste capítulo.
Sem fugir ao esforço e ao risco da súmula: se o exercício fosse reduzido à expressão mais simples com exemplar único, bastaria evocar a colecção de Pastrana, fabricada na Flandres para o rei descendente da Ínclita Geração. Daí o seu lugar de honra no elenco dos dois “gins”.
Maria Zarco
(a preparar o próximo gin tónico, para daqui a 2 semanas, numa Quarta)
Gostei muito. Agradeço:))))
ResponderEliminarPeças maravlihosas! Acrescentaria a de Lino António em S. João da Pesqueira e as de Júlio Pomar na Caixa Geral.
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