Estou em Amsterdão para mais uma conferência sobre oncologia pediátrica que junta Pais, médicos / profissionais de saúde, sobreviventes, investigadores, voluntários ou profissionais de organizações não governamentais / IPSS. Como sempre, revejo amigos de longa data, conheço pessoas novas, cruzo-me com conhecidos. Talvez seja a minha última conferência, depois de ter começado em 2009. De lá para cá mudei de mundo - de uma visão muito local, da minha própria realidade, passei para uma visão nacional e depois global.
Dificilmente conseguiria explicar - embora já tenha mencionado este aspecto várias vezes neste estabelecimento - o que foi o enriquecimento humano que me foi proporcionado durante estes anos todos: muito para além de ter feito amigos que ficarão para a vida, cruzei-me com uma comunidade solidária, disponível, mesmo "operando" em condições muito difíceis, seja na Ucrânia, na Síria ou no Zimbabwe. Pessoas que marcaram a diferença nas suas próprias comunidades, reinventando-se e reinventando as circunstâncias em que vivem.
Saio daqui sempre mais rico, sempre consciente de que recebi muito mais do que dei. Dei o que sei, mas recebi os ingredientes para contar a história que me salva.
JdB

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