Família. Do latim família, «o conjunto dos escravos da casa, os escravos; a casa, todas as pessoas ligadas a qualquer grande personalidade; casa de família».
A Igreja celebra hoje a festa da Sagrada Família de Jesus, Maria e José e eu não esqueço a minha condição de Católico.
Fosse por preguiça, falta de criatividade, dificuldade do tema ou indecisão sobre a melhor aproximação ao assunto, o facto é que andei engasgado com os dedos pairando sobre um teclado desinspirador, nesta ingenuidade de quem acredita que o tempo de espera resolverá o drama da folha em branco.
Oscar Wilde afirmava-se de gostos simples, satisfazendo-se com o melhor. À nossa maneira – dos cristãos, digo – poderíamos dizer frase semelhante, aplicando o raciocínio à Sagrada Família.
Não tenho competência para falar da família de hoje em dia, naquilo em que se tornou, na mudança de paradigma, nas vantagens e desvantagens de novas formas. Sei que a vida mudou, as separações e os divórcios deixaram de ser um estigma que doía e envergonhava, e que as famílias reconstruídas estão longe de ser menos boas do que as originais, tantas e tantas vezes disfuncionais e coladas com o cuspo de dependências várias.
Não obstante todas as tendências, costumes, estudos, evidências, continuo a acreditar firmemente na família tradicional como espaço de partilha, de memória, de estabilidade, de troca de experiências, de transmissão de valores e de princípios. Mais ainda, acredito no valor e na importância da igreja doméstica, consubstanciada numa família que se revê no ideal cristão, que encontra na mensagem de Cristo um guia seguro para o caminho que deve seguir, e que constrói a sua casa sobre a rocha firme de valores que não se compadecem com modas.
O post de hoje é dedicado à minha família, em particular aos meus três filhos e a quem me ajudou na tarefa de os educar, transmitindo-lhes valores seguros de solidariedade, atenção ao próximo, respeito, honestidade, altruísmo, generosidade. Estou certo de que aquilo que são, o que me ensinam e o que passarão aos que vierem a seguir a eles foi possível pelo ambiente familiar em que cresceram. Não um ambiente de perfeição, mas de procura daquilo que é justo e recto. Nem sempre uma casa, mas sempre um espaço.
A Igreja celebra hoje a festa da Sagrada Família. Não nos podemos queixar de não ter um modelo.
JdB
Fosse por preguiça, falta de criatividade, dificuldade do tema ou indecisão sobre a melhor aproximação ao assunto, o facto é que andei engasgado com os dedos pairando sobre um teclado desinspirador, nesta ingenuidade de quem acredita que o tempo de espera resolverá o drama da folha em branco.
Oscar Wilde afirmava-se de gostos simples, satisfazendo-se com o melhor. À nossa maneira – dos cristãos, digo – poderíamos dizer frase semelhante, aplicando o raciocínio à Sagrada Família.
Não tenho competência para falar da família de hoje em dia, naquilo em que se tornou, na mudança de paradigma, nas vantagens e desvantagens de novas formas. Sei que a vida mudou, as separações e os divórcios deixaram de ser um estigma que doía e envergonhava, e que as famílias reconstruídas estão longe de ser menos boas do que as originais, tantas e tantas vezes disfuncionais e coladas com o cuspo de dependências várias.
Não obstante todas as tendências, costumes, estudos, evidências, continuo a acreditar firmemente na família tradicional como espaço de partilha, de memória, de estabilidade, de troca de experiências, de transmissão de valores e de princípios. Mais ainda, acredito no valor e na importância da igreja doméstica, consubstanciada numa família que se revê no ideal cristão, que encontra na mensagem de Cristo um guia seguro para o caminho que deve seguir, e que constrói a sua casa sobre a rocha firme de valores que não se compadecem com modas.
O post de hoje é dedicado à minha família, em particular aos meus três filhos e a quem me ajudou na tarefa de os educar, transmitindo-lhes valores seguros de solidariedade, atenção ao próximo, respeito, honestidade, altruísmo, generosidade. Estou certo de que aquilo que são, o que me ensinam e o que passarão aos que vierem a seguir a eles foi possível pelo ambiente familiar em que cresceram. Não um ambiente de perfeição, mas de procura daquilo que é justo e recto. Nem sempre uma casa, mas sempre um espaço.
A Igreja celebra hoje a festa da Sagrada Família. Não nos podemos queixar de não ter um modelo.
JdB
"Cristãos de segunda", assim tenho ouvido chamar a familias reconstruidas. Que barbaridade! Não sei o que me choca mais: se os leprosos que, no tempo de cristo, eram mandados para o guetto ou se estes cristãos que, nos tempos de hoje, são classificados de "segunda" por manterem a sua crença na comunhão.
ResponderEliminarMaranathá. Bom Natal.
Nem podemos comungar Maf :(
ResponderEliminarMuito me identifico com estas suas reflexões, obrigada por expressar tão bem ideias em que acredito!
ResponderEliminarNeste dia,aqui fica para todas as famílias:
"Os 10 mandamentos da reconciliação"
1. Aceitar-se a si mesmo, tal como se é, com alegria.
2. Ter em conta aquilo que recebemos, mais do que aquilo que nos falta.
3. Agradecer mais do que se queixar.
4. Elogiar os outros em voz alta.
5. Nunca se comparar aos outros; isso só pode levar ao orgulho ou ao desespero, sem te fazer mais feliz.
6. Viver na verdade, sem temer chamar bem ao que é bem e mal ao que é mal.
7. Resolver os conflitos pelo diálogo e não pela força; guardar em ti rancores leva-te a fechar-te na tristeza.
8. Ao dialogar, começar por aquilo que une e só depois falar do que divide.
9. Nunca se deitar sem dar o primeiro passo para a reconciliação.
10. Estar convencido de que perdoar é mais importante do que ter razão.
(Cardeal Dannels)
Muito me identifico com estas suas reflexões, obrigada por expressar tão bem ideias em que acredito!
ResponderEliminarNeste dia,aqui fica para todas as famílias:
"Os 10 mandamentos da reconciliação"
1. Aceitar-se a si mesmo, tal como se é, com alegria.
2. Ter em conta aquilo que recebemos, mais do que aquilo que nos falta.
3. Agradecer mais do que se queixar.
4. Elogiar os outros em voz alta.
5. Nunca se comparar aos outros; isso só pode levar ao orgulho ou ao desespero, sem te fazer mais feliz.
6. Viver na verdade, sem temer chamar bem ao que é bem e mal ao que é mal.
7. Resolver os conflitos pelo diálogo e não pela força; guardar em ti rancores leva-te a fechar-te na tristeza.
8. Ao dialogar, começar por aquilo que une e só depois falar do que divide.
9. Nunca se deitar sem dar o primeiro passo para a reconciliação.
10. Estar convencido de que perdoar é mais importante do que ter razão.
(Cardeal Dannels)
Sem querer ser do contra e, sobretudo, sem demérito para o teu texto magnífico, mas talvez por a minha ser mais uma Profana Família, ocorre-me esta frase de um tal P.De Vries: «Quando já não suporto pensar nas vítimas dos lares desfeitos, começo a pensar nas vítimas dos lares intactos.» RF
ResponderEliminar"...continuo a acreditar firmemente na família tradicional como espaço de partilha, de memória, de estabilidade, de troca de experiências, de transmissão de valores e de princípios".
ResponderEliminarAcredito que outras formas de ser família, são legítimas, e possam ser tão fecundas como a tradicional.
Acredito ainda que criamos famílias paralelas, à biológica, nas quais nos sentimos "em casa".
A esta "casa", outra, apetece voltar todos os dias, naquilo que alguém dizia por aqui, ser "um vício", um agradável e saudável vício.
À Grande Família Universal, de que todos fazemos parte.