Israel e Palestina
Hoje fazia anos o meu Pai. Ele era judeu praticante mas
tinha pouco a ver com Israel, uma vez que a nossa família saiu da Palestina antes
do séc. VI, instalou-se no Norte de África, e daí passou para o Algarve. Mas lembro-me
que em 1967, durante a Guerra dos 6 Dias, o acompanhei a uma cerimónia, e senti
que ele tinha um sentimento de solidariedade para com Israel. Esta recordação fez
com que desse mais importância às notícias sobre o reacendimento do conflito entre
Israel e a Palestina.
O mundo em geral tem estado distraído com a reeleição do
Obama (um alivio), e a eleição do novo presidente chinês Xi Jinping
(um enigma). Na Europa, os protestos às medidas de austeridade têm ocupado a atenção
dos media. Os astrólogos têm estado
ocupados a comentar o eclipse solar do dia 13 de Novembro que só foi visto nos antípodas
e, portanto, não chegou ao público do hemisfério Norte. Este eclipse caiu no grau
22 de Escorpião e uma breve olhadela às cartas de Israel e da Palestina despertou
a minha curiosidade astrológica.
Toda a zona esteve sob mandato britânico
desde 1918 até 1948, quando a Grã-Bretanha, alvo de enormes pressões
internacionais, resolve criar os estados de Israel e Palestina a partir das
00:00h de 15 de Maio. A situação era confusa com ataques árabes mas, para afirmar
a emancipação do seu país, Ben Gurion, no dia 14 de Maio à tarde, lê a proclamação
da independência e às 4:32h pronuncia as palavras “Israel nasceu.”
O estado da Palestina nunca aconteceu, porque foi imediatamente
ocupado, quer por Israel quer pela Jordânia e Egipto. Quarenta anos mais tarde, no
dia 15 de Novembro de 1988 às 00:40 GMT, Arafat proclamou a independência da Palestina.
Passados mais seis anos a autonomia da Palestina veio a concretizar-se no dia 4
de Maio de 1994 às 8:55 GMT depois dos acordos Israel – OLP sob os auspícios de
Bill Clinton.
Com estas três cartas precisas, o que nos diz a astrologia
e o eclipse do dia 13 de Novembro sobre o reacendimento deste conflito?
Os soberanos da antiguidade tinham o maior medo dos
eclipses pois acreditavam que “os poderosos perdiam o poder”, numa metáfora literal
ao desaparecimento momentâneo do astro rei. A visão moderna não é tão dramática, mas as energias do grau do eclipse são activadas positiva ou negativamente na
carta de um pais e nas cartas pessoais, conforme as acções de cada um e a
influência dos outros trânsitos. Mas… horas depois do eclipse o comandante
militar máximo do Hamas foi morto durante um ataque aéreo a Gaza.
O efeito de um eclipse pode demorar meses a manifestar-se
e este influencia tanto a Palestina como Israel e o que me perturba mais é
Marte, o deus da guerra, activo nas três cartas.
O eclipse de 13 de Novembro foi sincrónico com o reacendimento deste conflito. Os eclipses voltam ao mesmo sítio do zodíaco todos os 19 anos. Em 1993, Yitzhak Rabin e Arafat assinaram o acordo que deu origem à autonomia da Palestina. Esta autonomia não se concretizou com as consequências que conhecemos. Esperemos que também desta vez haja a intervenção benéfica de outras forças presentes no quadro político que estão ausentes do explosivo quadro astrológico aqui analisado.
Na carta da
Palestina de 1988 o eclipse cai em cima do Sol, enquanto que Plutão
(transformação) por trânsito influencia o Fundo do Céu (o território, o
sentimento de berço da nacionalidade). Paralelamente, Marte passa no mesmo
ponto no dia 28 de Novembro. O Ministro da Defesa de Israel declarou que Gaza
deve ser “reformatada”. Esta palavra. normalmente usada no âmbito dos
computadores, angustia-me pelo seu conteúdo radical.
A carta de 1994 ainda me angustia mais: o eclipse cai no nó lunar norte ligado ao destino de um povo. Neptuno por trânsito vai tocar a Lua/Saturno em Peixes em oposição a Quíron (povo confinado, sofredor). Mais sofrimento, mais ilusões e desilusões para os Palestinianos? Assinalado a roxo está também uma quadratura a Vénus que significa os escassos recursos de que dispõem. Nesta carta. Marte entra na casa dos inimigos abertos em Janeiro de 2013.
Na carta de Israel o eclipse de 13 de Novembro foi oposto ao Sol e conjunto a Quíron, cometa que simboliza sofrimento. Uma oposição implica um confronto, por isso não há duvida de que Israel se sente atacada, não só pelos mísseis, mas também porque o Emir do Qatar com os seus milhões visitou pela primeira vez Gaza no dia 24 de Outubro. Será que os recursos do Palestianos vão ser menos escassos e isso assusta Israel? Nesta carta Marte também está activo, agora por Arco Solar no Ascendente e sabemos que Israel mobilizou o exército e reservistas.
A carta de 1994 ainda me angustia mais: o eclipse cai no nó lunar norte ligado ao destino de um povo. Neptuno por trânsito vai tocar a Lua/Saturno em Peixes em oposição a Quíron (povo confinado, sofredor). Mais sofrimento, mais ilusões e desilusões para os Palestinianos? Assinalado a roxo está também uma quadratura a Vénus que significa os escassos recursos de que dispõem. Nesta carta. Marte entra na casa dos inimigos abertos em Janeiro de 2013.
Na carta de Israel o eclipse de 13 de Novembro foi oposto ao Sol e conjunto a Quíron, cometa que simboliza sofrimento. Uma oposição implica um confronto, por isso não há duvida de que Israel se sente atacada, não só pelos mísseis, mas também porque o Emir do Qatar com os seus milhões visitou pela primeira vez Gaza no dia 24 de Outubro. Será que os recursos do Palestianos vão ser menos escassos e isso assusta Israel? Nesta carta Marte também está activo, agora por Arco Solar no Ascendente e sabemos que Israel mobilizou o exército e reservistas.
O eclipse de 13 de Novembro foi sincrónico com o reacendimento deste conflito. Os eclipses voltam ao mesmo sítio do zodíaco todos os 19 anos. Em 1993, Yitzhak Rabin e Arafat assinaram o acordo que deu origem à autonomia da Palestina. Esta autonomia não se concretizou com as consequências que conhecemos. Esperemos que também desta vez haja a intervenção benéfica de outras forças presentes no quadro político que estão ausentes do explosivo quadro astrológico aqui analisado.
Luiza Azancot
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