20 junho 2009

Noite, noite...

Como eu hoje te esperei. Como queria as tuas horas, tão diferentes das dos dias. Sabes lá o que elas são. Nem sequer te vou contar. Esperei tanto que viesses, que me visses. Vês-me, noite? Eu aqui à tua beira, debaixo do teu nariz? Pára de me atirar estrelas, que me estragas o vestido. Gostas dele, noite? Que beleza tens trazido. Já ontem te calculei. Toda a semana desconfiei. Sabia. Era hoje que te via. Até o passei a ferro. Noite, noite, fica noite até ser dia. Com as tuas horas sem pressa, sem que nada lhes aconteça. Lentas, mudas, belas, surdas. És um presente do céu. O melhor que alguém me deu. Sabes noite, o que eu gostava? Ao teu colo voava, no prenúncio da aurora. Sim. De ir aos lugares onde te metes. Por aí fora. Saudades? De noite não se é o mesmo. Pensei que sabias isso. Na noite, noite, pouco ou nada quer o dia.

DaLheGas

2 comentários:

maf disse...

DaLheNoite, a noite é uma das minhas melhores amigas. Ou porque durmo a noite toda e acordo fresca e revigorada na manhã seguinte ou porque ela me ajuda a resolver muitos dos problemas que o dia me cria. Nunca lhe aconteceu acordar de manhã com a solução perfeita para um problema que, na véspera, aparentava não ter solução? Já para não falar de caipirinhas, conversinhas e afins que sabem muito melhor à noite :-)

Micas disse...

Noite, noite, confidente, escura?

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