Quarta-feira, dia 24 de Novembro de 2010. Apesar de nesse dia dispor de carro próprio para ir trabalhar (normalmente vou de transportes públicos), a necessidade e imperatividade de chegar a horas, obrigou-me a acordar 45 minutos mais cedo que o habitual e assim, evitar a o transito na A5 provocado pela vasta quantidade de pessoas que foram forçadas a deslocarem-se por meios próprios para o emprego .Não houve crise alguma. A folga de 3/4 de hora foram suficientes para chegar à hora devida. Acabou por ser, em larga medida, um dia como os outros. No entanto, sobra-me uma questão. Não sei se pertenço aos três milhões de portugueses “ envolvidos “ na greve, ou aos não-sei-quantos portugueses que aderiram à greve. Visto que a segunda hipótese é irreal, dado que trabalho no sector privado, que é movido a trabalho e não a megafones e gritos guevaristas, resta-me a primeira. Contudo, caramba! Só por um ajuste horário e uma alteração pontual de meio de transporte poderá afirmar-se que estive envolvido na greve? Não creio. A palavra “ envolvido “, ao meu juízo, insinua um propósito de liberdade de escolha. Eu não escolhi fazer greve.
Pedro Castelo Branco
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