18 fevereiro 2014

Duas Últimas

Travei conhecimento com o António dos Santos há muitos anos - muitos, mesmo - embora nunca o tivesse visto. Havia lá em casa dois ou três discos de 45 rpm (ou talvez fosse apenas um) com interpretações dele. Ouvi, voltei a ouvir - e fiquei a gostar.

Se eu admito que não se goste de fado - porque é deprimente, dá neura, o que quiserem - ainda mais admito que não se goste do António dos Santos, que parece tocar sempre com a mesma toada, a mesma batida na viola, a mesma tristeza na voz. Visto de longe parece uma sopa da Bimby - tendencialmente sabem todas ao mesmo, qualquer que seja o mix de legumes atirado para a cuba.

Deixo-vos ainda com Marta Pereira da Costa, aqui postada uma vez. É uma rapariga bonita e, para além disso, é a primeira mulher a tocar profissionalmente a guitarra portuguesa. Não opino sobre a qualidade dela, porque não sei, e porque desconheço se a guitarra não é instrumento demasiadamente violento para uma mulher. Mas enfim, foi a isto que ela se atirou. É provável que vá vê-la e ouvi-la um destes dias no auditório da Boa Nova, onde se fará acompanhar por outros músicos.

Ainda que correndo o risco de ser um post pouco popular (pelo António dos Santos), do qual apetece fugir, aqui ficam dois artistas portugueses. Oiçam, apreciem ou indignem-se. Se assim for voltem cá, que haverá sempre quem faça melhor do que eu...

JdB




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