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«Em tudo somos oprimidos, mas não esmagados;
confundidos, mas não desesperados;
perseguidos, mas não abandonados;
abatidos, mas não aniquilados.»
Assim escrevia São Paulo aos cristãos de Corinto.
A experiência dos momentos mais duros da vida
pode levar-nos a sentimentos como os dos Coríntios,
parecendo que Deus Se esqueceu de nós.
Pelo contrário, São Paulo relembra
que o mal e a dor, a doença ou a injustiça,
não têm a última palavra sobre a nossa vida
porque transportamos connosco a certeza de que o Senhor ressuscitou.
É esta certeza, e só ela, que pode mudar a nossa maneira de viver,
o modo como enfrentamos a pressão dos problemas, as dúvidas sobre o futuro,
a solidão dos dias de aridez ou o cansaço de um caminho sofrido.
E esta mesma certeza de que o Senhor ressuscitou,
leva-nos mais longe e traz consigo
uma alegria que nos surpreende e aos que vivem ao nosso lado.
Porque alarga o nosso olhar e não nos deixa reféns do que não temos,
libertando-nos dessa fixação na falta
e revelando-nos tudo o que de bom e grande nos é dado e prometido.
Só esta certeza, que é Graça, consegue converter
a desesperança em confiança e o desconsolo em gratidão.
E haverá maior paz do que a de um coração grato?
Com São Paulo, também eu arrisco dizer:
«Acredito, por isso vos digo isto».
Rui Corrêa d'Oliveira
1 comentário:
que bonita a ideia da não-fixação no que nos falta. difícil, horrivelmente difícil, por vezes, aceitar isto. mas a esperança e a fé tudo podem. ou tudo ajudam...pcp
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