Retenho especialmente do último fim-de-semana as vitórias de Macron nas eleições presidenciais franceses e do Belenenses no derby lisboeta com o Sporting relativo à 32ª jornada da Liga de futebol. Não fazendo comparações com as importâncias relativas de cada uma delas, para não ferir pessoas mais susceptíveis.
No 1º caso ganhou o favorito, aquele que a opinião publica dominante amparava e queria como vencedor a qualquer preço. Não aprecio especialmente Le Pen, em várias questões fundamentais divirjo mesmo dela frontalmente. No entanto, o facciosismo e desonestidade intelectual, com toques de histeria, que caracterizou a forma como as eleições foram tratadas nos media, as autênticas lavagens ao cérebro com que nos fustigaram, os anjinhos (incluem a extrema esquerda) contra os diabos, contribuíram para que tenha encarado a vitória de Macron sem entusiasmo. Que a sua mulher/mãe o inspire, que bem vai precisar depois dos anos magníficos com que Hollande presenteou os franceses.
O mesmo não se diga da 2ª vitória. Aqui a opinião dominante falhou com estrondo. Mais de 60 anos e 7 derrotas consecutivas depois, o CFB ganhou finalmente em Alvalade. Gostei, é claro, desabituado como ando destas alegrias, os meus (muitos) amigos sportinguistas que me percebam e perdoem este estado transitório e episódico. No dia seguinte, nos jornais, parecia que o SCP tinha jogado sozinho, tinha perdido contra fantasmas. Nada que me espante: em Portugal só há 3 clubes, os 3 supostos grandes (ditos "eucaliptos" ou "do estado").
Trago-vos uma grande música, de um esplendido grupo, de que os mais velhos talvez se lembrem (aqueles que também ainda recordarão Matateu e os tempos em que o CFB pedia meças a qualquer rival).
Espero que apreciem e que me desculpem qualquer melindre clubístico.
fq
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