Hoje é Domingo, e eu não esqueço a minha condição de Católico.
Leio o Evangelho de hoje e assaltam-me duas ideias. É verdade que há o carácter universal das coisas (os doze apóstolos a representarem as doze tribos de Israel), ou o sentido de comunidade (o facto dos apóstolos partirem dois a dois); há ainda as instruções sobre como se devem comportar os apóstolos perante a hospitalidade que lhes é proporcionada (a demora para a formação da comunidade). Pese embora a importância de tudo isto, a mente e o coração atiram-me para duas ideias chave: chamamento e missão.
Leio o Evangelho de hoje e assaltam-me duas ideias. É verdade que há o carácter universal das coisas (os doze apóstolos a representarem as doze tribos de Israel), ou o sentido de comunidade (o facto dos apóstolos partirem dois a dois); há ainda as instruções sobre como se devem comportar os apóstolos perante a hospitalidade que lhes é proporcionada (a demora para a formação da comunidade). Pese embora a importância de tudo isto, a mente e o coração atiram-me para duas ideias chave: chamamento e missão.
Nem todos somos chamados ao sacerdócio ou a qualquer outra forma de vida consagrada, mas, estou certo, somos todos desafiados ao exercício da santidade: nas nossas vidas comezinhas ou influentes, na forma como nos relacionamos com colegas, empregados, amigos, família. Acima da competência que pomos nas coisas que fazemos está a diferença que marcamos relativamente a um mundo egoísta, demasiado competitivo, esmagador, privilegiador do ter em vez do ser, onde a compreensão, a tolerância e o sentido de justiça se arriscam a ocupar lugares raros.
Somos, de facto, chamados a ser santos. A nossa missão também é essa.
EVANGELHO – Mc 6,7-13
Naquele tempo,
Jesus chamou os doze Apóstolos
e começou a enviá-los dois a dois.
Deu-lhes poder sobre os espíritos impuros
e ordenou-lhes que nada levassem para o caminho,
a não ser o bastão:
nem pão, nem alforge, nem dinheiro;
que fossem calçados com sandálias,
e não levassem duas túnicas.
Disse-lhes também:
«Quando entrardes em alguma casa,
ficai nela até partirdes dali.
E se não fordes recebidos em alguma localidade,
se os habitantes não vos ouvirem,
ao sair de lá, sacudi o pó dos vossos pés
como testemunho contra eles».
Os Apóstolos partiram e pregaram o arrependimento,
expulsaram muitos demónios,
ungiram com óleo muitos doentes e curaram-nos.
4 comentários:
Hummm .... JdB o post de hoje soube a pouco. Já nos habituámos às 'homilias' sérias e profundas de cada domingo do Adeus.Mas, enfim, sei que valores mais altos se levantam e o tempo é escasso :-) Sempre que leio este Evangelho, detenho-me sempre na parte em é dito aos apóstolos "sacudi o pó das vossas sandálias quando não fordes bem recebidos". Fico a pensar se não será esta atitude tão contrária à nossa missão de cristãos. Tantas vezes na nossa vida do dia a dia, quando tentamos aplicar o Evangelho e, afinal é com esse objectivo que o devemos ler, nos deparamos com pessoas que não nos querem ouvir, pessoas que nos viram as costas, pessoas que optam por sentimentos de inveja e intriga, pessoas que não querem ser ajudadas por mais que as amemos .... nessas alturas, não sem uma ponta de tristeza e até de fracasso, penso neste evangelho e percebo que devo seguir adiante. A vida é assim mesmo, feita de sucessos e fracassos. E quem sabe ? Aquilo que considerei ser um fracasso hoje, não possa vir a germinar mais tarde ? O importante é deixarmos uma semente. Bom Domingo e bons mergulhos.
JdB,
Era muito bom que todos fossem chamados a ser santos, pois, o Mundo seria muito melhor.
O que eu por vezes me apercebo, é que, se eu der "o outro lado da minha face", muitas pessoas nos julgam de parvos e tótós.
Somos apelidados, dos sem personalidade, dos engrachadores, etc.
Ninguém nos vê como, bons colegas de trabalho, ou bons patrões, ou isto ou aquilo, mas sim como aqueles que não têm ambições.
É pena, mas o Mundo ainda está feito, para os pobres de espìrito, e não será deles o Reino do Céu.
Até para a semana....
Cris, eu acho que Deus não nos quer tótós. Não se enfureceu ele no templo, por exemplo? Ser santo não significa abdicar do nosso génio, do "educar" os outros, do dizer coisas que às vezes podem ser fortes ... ser santo é muito, parece-me, a relação honesta e autêntica que temos com a nossa consciência. Agindo depois em conformidade. Seremos julgados pelo Bem que fizermos aos outros. Se os outros não percebem .... Who cares? Nós, pelo menos, dormimos tranquilamente. E sabe, a Verdade vem sempre ao de cima. Donde, mais cedo ou mais tarde, ainda que não o digam, esses "outros" acabam por sentir que nós estivemos bem. Acredito piamente nisto. pcp
PCP,
Eu também penso e pratico o actos que vão ao encontro da minha moral e bons costumes.
Tanto que também eduquei e educo os meus filhos nesse sentido.
Mas como sou muito observadora tenho visto, e assistido a coisas, inacreditáveis.
Eu tento todos os dias fazer sempre algo melhor, do que fiz no dia anterior.
Temos que ser os Heróis da nossa vida, para fazer os outros felizes.
Obrigada pelo seu comentário.
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