18 dezembro 2009

my brightest star

uma estrela brilhante
irrompendo no horizonte,
azuis flores polares,
um crepúsculo invertido,
subversiva ideia
contra a circunstância
em seu redor.

juntemos keats,
poeta nada menor,
mai-la sua (muito nossa)
girl next door:
e eis uma forma - ou fome -
de superlativo amor.

quem nos dera ser borboletas,
três dias de esplendor,
a eternidade fintando a morte,
e nós próprios enganando a dor.
(a eternidade breve como sorte,
e a sorte como uma espécie de favor).

ousar teu nome mil vezes
- gastá-lo -
e ao pé de ti dizer flor.

usar teu corpo mil meses
- incendiá-lo -
e de ti dizer estrela maior.


gi.

3 comentários:

Anónimo disse...

Sou muito pouco imaginativa. Lindíssimo. pcp

Philip disse...

So I guess you have seen the film Bright Star? I thought it was interesting because I don't know much about Keats, the predictably poor suffering tortured artist soul. Abbie Cornish who played the girlfriend was wonderful, especially in the scene when she heard the news of Keats' death. po

Anónimo disse...

Olá, pcp.
É muito pouco quê..? Imaginativa? Não entendi. Melhor dizendo: tolice, não acredito nisso. Mas acredito em muitas outras coisas. Por exemplo, no talento subterrâneo que todos trazemos por debaixo da pele.
Eu é que agradeço. Nenhum talento é maior do que a bondade - a maior, a par da coragem em prol do bem, das virtudes humanas.
Flores de inverno,

gi.

--

Hi, Philip.
What a clever fellow! Seriously, indeed the hook for the poem is the 'Bright Star' movie, directed by Jane Campion, which narrates the life and love ok that great poet: keats. I haven't seen it yet, but I 've read some stuff. Sometimes, we do not actually need to experience things to capture its ultimate essence. I guess it is a kind of poetic device that some of us were born with ;-). Silly ideas, forget it.
John Keats - that matters. It is a simple tribute to him.
Warm regards from a cold Lisbon,

gi.

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