Kuala Lumpur é uma cidade construída na horizontal e na vertical. Tem estradas amplas, viadutos grandes, arranha-céus que impressionam pela altura e arquitectura. Ao nível horizontal, tudo é feito para os carros - é uma cidade sem passeios, o que torna o passeio a pé numa actividade difícil e desinteressante. Os peões circulam pouco, e vão de um lado para o outro das estrada através de viadutos. Numa rua larga e movimentada há poucos semáforos e passadeiras para peões. Não obstante, o trânsito pode ser caótico em alguns momentos / locais.
Uma nota curiosa: a Malásia é um país essencialmente muçulmano, e isso vê-se nas ruas, pejadas de mulheres ou raparigas novas usando o hijab. Ontem de tarde passeámos pelo bairro chamado Little India. Dobramos uma esquina e encontramos a Church of Our Lady of Fatima, o que, já de si, é extraordinário. É uma igreja que data de 1963, parece-me, co um interior desornamentado e indiferente. É uma igreja ampla, sem grandes pormenores arquitéctónicos ou curiosos. Só a sua existência (desconheço a história por trás da igreja) já é estatisticamente desafiante. Paramos num passeio para atravessar uma rua e um jovem com ar indiano sorri e diz-me:
- Hello, how are you?’
- Respondo na mesma moeda: 'very well, thank you. And you?'
Pergunta de onde somos. Já esteve em Portugal, pois tem família em Berlim. E diz-me ainda (e resumo o diálogo):
- 'I am christian; I am a catholic from Islamabad. I am from Pakistan.'
Estamos em Little India, onde a presença indiana é óbvia a olhos nus. Qual a probabilidade de num espaço de 15 minutos encontrar uma igreja católica com nome português e um paquistanês católico?
Mistérios...
JdB
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