A independência dos Estados
Unidos da América e a sua carta do céu
Cá estou em casa, em Cape Cod, um pouco ao sul de
Boston, cidade onde começou a revolta que levou à independência dos Estados Unidos.
Hoje é o dia nacional, comemorado com barbecues,
paradas, grandes demonstrações de patriotismo e bandeiras por todos lados.
As nações têm temas astrais e, da mesma forma que
um tema pessoal revela aspectos psicológicos do individuo, assim o espirito dos
USA pode ser compreendido através das energias presentes no momento em que foi
assinada a Declaração de Independência. Mas qual foi exactamente esse momento?
Qual é a carta do céu dos USA?
Dia 4 de Julho de 1776. Mas será? John Adams, um
dos signatários e 2º presidente dos Estados Unidos, escreve à sua mulher a 3 de
Julho, “… o dia 2 de Julho será para
sempre celebrado como dia nacional”. O historiador contemporâneo David McCullough partilha da mesma opinião.
O que aconteceu? Ninguém sabe ao certo, mas quando
vivi em Washington fiz investigações na Biblioteca do Congresso e, baseada em
provas circunstanciais, acho que Benjamin Franklin, um dos signatários, interveio
para mudar a data do nascimento do novo pais…. por motivos puramente astrológicos.
Franklin era um homem extraordinariamente versátil:
politico, inventor, escritor, diplomata que durante 25 anos publicou “Poor
Richards Almanac”, equivalente ao nosso Borda d’Água. Tinha profundos
conhecimentos de astrologia, uma vez que o almanaque descrevia as fases da Lua,
eclipses e a influência dos ciclos e aspectos planetários no clima e na agricultura.
Quando ele calculou a carta do seu novo País verificou que a 2 de Julho a Lua
se encontrava em Capricórnio, o que para ele queria dizer que o povo americano estaria
condenado a encontrar dificuldades, obstáculos, restrições, visto a Lua representar
a população e estar em detrimento. O dia 4 de Julho produzia uma carta muito melhor para o futuro da nação e com uma simbologia mais apropriada. A Lua
já tinha passado para Aquário, signo progressivo, libertador, idealista, e o Sol
ocupava no 13º grau de Caranguejo conjunto à estrela Sírios, a mais brilhante
do firmamento. Além disso, o número 13 reflectia as 13 colónias signatárias da declaração
de independência.
Imagino o dinâmico e persuasivo Franklin, seguro
das suas convicções astrológicas, a influenciar John Handcock, o presidente do
Congresso Continental (órgão que declarou a independência) a assinar a Declaração
de Independência, isto é o nascimentos dos USA, num momento mais auspicioso – 4
de Julho de 1776 às 17:10 da tarde.
Entre astrólogos há grandes discussões sobre a hora.
A carta das 17:10 é conhecida por Sibly
porque foi um astrólogo inglês, Ebenezer Sibly, que a tornou pública em 1787. Acontece
que este senhor era membro da mesma Loja Maçonica de Ben Franklin. Foi aí que
ele soube a hora com tanta precisão?
Uma vez que os historiadores não são capazes de
concordar sobre a hora da assinatura, agrada-me que a confirmação mais provável
seja de origem astrológica. A carta Sibly apresenta o ascendente em Sagitário. O
ascendente muda todas as duas horas e exprime a personalidade colectiva de uma nação,
os mitos e imagens associados com ela, a forma como os outros povos a vêem.
A representação de Sagitário é a de um centauro
(meio homem, meio cavalo) munido de arco e flecha, sempre a galopar à procura de
aventura, muito parecida com a do mítico cowboy a dirigir-se para o sol poente, incapaz de assentar raízes. É o signo regido por Júpiter, o planeta da expansão.
A frase “Go west young man” marcou a conquista
territorial feita a partir das 13 colónias originais. Tudo é maior na América:
os carros, as casas, as doses nos restaurantes. Também é o signo dos convencidos,
dos que sabem mais do que toda a gente. Sorri ao ouvir Obama a pregar sobre a
divida dos países europeus quando a divida governamental per capita dos USA é mais alta do que a da Grécia, Itália, Portugal,
etc… A religião organizada também se enquadrada no arquétipo Sagitário e os americanos, além de terem inventado uma religião no séc. XIX, os Mormons, à qual pertence o candidato à presidência
Romney, adoptaram o mote oficial “In God
we trust”, e imprimiram-no nas notas. Não conheço mais nenhum país que mencione Deus na sua moeda!
Não
duvido que o ascendente dos USA seja Sagitário por isso no meu jardim astrológico
pintei a bandeira americana na flecha do centauro.
Provavelmente Franklin não pensou nestas características
ao escolher as 17:10 mas sabia que a estrela Regulus, símbolo do poder da
monarquia inglesa, estava no poente, prestes a desaparecer no horizonte. Este
simbolismo agradou-lhe com certeza.
Luiza Azancot
5 comentários:
As suas análises são mesmo interessantes. E não sendo eu uma adepta da astrologia na minha vida corrente, a verdade é que os seus textos fazem-me sempre pensar: e se tivesse mesmo sido assim? A sua argumentação é poderosa, dá muito gosto lê-la. pcp
Não acredito na Astrlogia mas passei a ler, com a maior atenção, os escritos da Luisa Azancot; fico esmagado com tanta coincidência.
A frase estafada "não acredito em bruxas..."aplica-se por inteiro.
SdB(I)
Caros pcp e SdB,os vossos comentarios enchem-me de alegria. Nao sou Sagitario portanto nao estou convencida que saiba mais do que os outros, nao quero convencer ninguem, sou uma contadora de historias astrologicas que acredita ... que las
hay, hay.
Faço parte da sua, cada vez mais visível, legião de fãs e gosto imenso destas deambulações pelos factos históricos.
Coloco-lhe um desafio!
olhe para a China e veja o que nos dizem os astros desse império. Temos de aprender a viver com eles e pouco ou nada sabemos. Vem aí uma força inteiramente desconhecida que pode ser devastadora.
ALA, desafio aceite.. O primeiro post de Outubro escrevo sobre a China (R. Popular da China declarada a 1 de Outubro de 1949 - vou ter que investigar hora).
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